2011-03-18 15:41:31

Conselho de Segurança da ONU – deu luz verde a “todas as medidas necessárias para proteger os civis na Libia


(18/3/2011) A França asseverou que a iniciativa militar avalizada pelas Nações Unidas contra as forças do contestado líder líbio Muammar Khadafi vai começar “nas próximas horas”, caso o regime de Trípoli desafie a proibição de bombardeamentos sobre civis. Paris e várias outras capitais já anunciaram que estão prontas a participar nos raides.
Em sintonia, a Noruega chegou-se já também à frente, com o ministro da Defesa, Grete Faremo, a confirmar a cooperação do seu país nesta operação. A Itália revelou, entretanto, que abrirá uma base na Sicília para dar assistência a esta missão de raides aéreos contras as forças leais a Khadafi.
Igualmente, o Qatar anunciou a sua participação nos esforços internacionais para “pôr fim ao derramamento de sangue e proteger a população civil” face ao avanço das tropas do regime líbio sobre as cidades “libertadas” pela rebelião. O Qatar regozijou-se com a decisão das Nações Unidas de impor uma zona de exclusão aérea para a Líbia e aprovar ataques militares contra as forças de Khadafi.
Ao fim de vários dias de difíceis negociações, a resolução do Conselho de Segurança da ONU – dando luz verde a “todas as medidas necessárias para proteger os civis”, com excepção de uma invasão terrestre do território líbio – foi aprovada na noite desta quinta feira por dez votos a favor e cinco abstenções (da Rússia, China, Alemanha, Brasil e Índia).
A NATO – que passou as últimas semanas a preparar planos de contingência para quando a ONU aprovasse uma intervenção militar na Líbia – anunciou uma reunião dos embaixadores dos países membros para discutir qual será a sua resposta à resolução aprovada no Conselho de Segurança.
Qualquer acção militar da NATO precisa ainda da luz verde de entre os seus 28 Estados-membros e – além da Alemanha, que ontem se absteve na votação da resolução da ONU – a Turquia, único membro muçulmano da Organização do Atlântico Norte, já deixou bem claro que se opõe. Aliás, esta manhã, frisou que deve ser encontrada uma “solução pacífica” para o conflito e instou a um imediato cessar-fogo na Líbia; mas reconheceu também, em comunicado do gabinete do primeiro-ministro, que a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança é “vinculativa” para todos os países das Nações Unidas.








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