Comissão Católica Internacional para as Migrações ajuda pessoas que tentam escapar
ao clima de violência na Líbia.
(18/3/2011) A Comissão Católica Internacional para as Migrações (ICMC) está a envidar
esforços no sentido de atender a um número cada vez maior de pessoas que tentam escapar
ao clima de violência na Líbia. Desde 15 de Fevereiro, a contestação ao regime
de Muamar Kadafi já provocou centenas de mortes e desencadeou um êxodo enorme, por
parte das populações líbias, em busca de segurança. O número de refugiados, somado
aos pedidos de asilo entretanto emitidos, já abrange cerca de 11 mil pessoas, segundo
os últimos dados recolhidos por aquela organização católica. A maior parte destas
populações em risco tem-se concentrado em dois campos de refugiados das Nações Unidas,
situados no Egipto e na Tunísia. Para solucionar esta questão, a ICMC já enviou
para lá uma equipa de peritos, com objectivo de fazer um ponto de situação e, sobretudo,
“identificar as pessoas que se encontram em situação mais vulnerável e que têm poucas
ou nenhumas hipóteses de integração local ou repatriação voluntária”. A Comissão
Católica Internacional para as Migrações, com a aprovação da Santa Sé, trabalha com
refugiados, deslocados e imigrantes forçados de todas as raças, credos e nacionalidades,
albergando uma rede com mais de 300 especialistas em matéria de reinstalação. Foi
fundada em 1951, pelo Arcebispo Montini (futuro Papa Paulo VI) após a grande e trágica
mobilidade de pessoas na Europa, sobretudo, Oriental, causada pela II Grande Guerra.