2011-03-15 19:07:09

ARCEBISPO VEGLIÒ PEDE MAIOR COLABORAÇÃO ENTRE IGREJAS PARA AJUDAR MIGRANTES E REFUGIADOS


Cidade do Vaticano, 15 mar (RV) - A Igreja reforce seu compromisso de defender a dignidade humana dos migrantes: é o que ressalta o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò. A exortação do Arcebispo está contida no discurso que fará nesta quarta-feira, em Jerusalém, à Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, cujo teor foi-nos permitido antecipar.

Acolhimento, justiça e reconciliação: são as palavras-chave do pronunciamento do prelado, que recorda, em primeiro lugar, os desafios pastorais subsistentes na difícil e persistente situação dos refugiados e deslocados em Chipre, na Jordânia e Israel.

O Presidente do organismo vaticano recorda que milhares de pessoam foram obrigadas a fugir por causa da violência e da destruição. E adverte, sobretudo, que a reconciliação representará um elemento essencial para tentar encontrar soluções.

Em seguida, Dom Vegliò observa que há muito tempo os cristãos deixam o berço do cristianismo, e que isso é motivo de preocupação particular, porque comporta uma mudança da estrutura social dos países do Oriente Médio e da condição dos cristãos que neles permanecem.

O acolhimento e a hospitalidade, ressalta ainda o prelado, são as características fundamentais do ministério pastoral entre os migrantes e refugiados. Ademais, frisa a necessidade de uma "colaboração entre a Igreja de origem e a Igreja de acolhimento".

De fato, a Igreja de origem deve sentir-se obrigada a acompanhar os fiéis que vão para outro lugar. A Igreja de acolhimento deve ter consciência de seus novos deveres.

Portanto – observa – ambas são chamadas a responder às suas responsabilidades pastorais específicas à luz de um sentimento de comunhão vivo e expresso de modo concreto. "As Igrejas – reitera – não podem pensar em responder à situação dos refugiados e dos migrantes de modo isolado um do outro. É necessária uma cooperação." Trata-se de um convite já feito no Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio.

Portanto, são necessárias estruturas nas dioceses e uma formação desde o seminário em vista do serviço pastoral dedicado aos deslocados. Por fim, Dom Vegliò convida a apoiar aquelas políticas que reforçam os direitos dos refugiados e a contrastar atitudes de discriminação e racismo em relação aos migrantes. (RL)







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