ARCEBISPO VEGLIÒ PEDE MAIOR COLABORAÇÃO ENTRE IGREJAS PARA AJUDAR MIGRANTES E REFUGIADOS
Cidade do Vaticano, 15 mar (RV) - A Igreja reforce seu compromisso de defender
a dignidade humana dos migrantes: é o que ressalta o Presidente do Pontifício Conselho
da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò. A exortação
do Arcebispo está contida no discurso que fará nesta quarta-feira, em Jerusalém, à
Assembleia dos Ordinários Católicos da Terra Santa, cujo teor foi-nos permitido antecipar.
Acolhimento,
justiça e reconciliação: são as palavras-chave do pronunciamento do prelado, que recorda,
em primeiro lugar, os desafios pastorais subsistentes na difícil e persistente situação
dos refugiados e deslocados em Chipre, na Jordânia e Israel.
O Presidente do
organismo vaticano recorda que milhares de pessoam foram obrigadas a fugir por causa
da violência e da destruição. E adverte, sobretudo, que a reconciliação representará
um elemento essencial para tentar encontrar soluções.
Em seguida, Dom Vegliò
observa que há muito tempo os cristãos deixam o berço do cristianismo, e que isso
é motivo de preocupação particular, porque comporta uma mudança da estrutura social
dos países do Oriente Médio e da condição dos cristãos que neles permanecem.
O
acolhimento e a hospitalidade, ressalta ainda o prelado, são as características fundamentais
do ministério pastoral entre os migrantes e refugiados. Ademais, frisa a necessidade
de uma "colaboração entre a Igreja de origem e a Igreja de acolhimento".
De
fato, a Igreja de origem deve sentir-se obrigada a acompanhar os fiéis que vão para
outro lugar. A Igreja de acolhimento deve ter consciência de seus novos deveres.
Portanto
– observa – ambas são chamadas a responder às suas responsabilidades pastorais específicas
à luz de um sentimento de comunhão vivo e expresso de modo concreto. "As Igrejas –
reitera – não podem pensar em responder à situação dos refugiados e dos migrantes
de modo isolado um do outro. É necessária uma cooperação." Trata-se de um convite
já feito no Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio.
Portanto, são necessárias
estruturas nas dioceses e uma formação desde o seminário em vista do serviço pastoral
dedicado aos deslocados. Por fim, Dom Vegliò convida a apoiar aquelas políticas que
reforçam os direitos dos refugiados e a contrastar atitudes de discriminação e racismo
em relação aos migrantes. (RL)