POLÍCIA ISOLA COMUNIDADE NA CHINA APÓS MORTE DE BISPO
Pequim, 14 mar (RV) A comunidade de Gonghui, na Província de Hebei, foi isolada
pela polícia. O motivo: evitar que grandes grupos cristãos rendam as últimas homenagens
ao Bispo Andrea Hao Jinli, morto no dia 9 de março aos 95 anos. Bispo Hao Jinli era
da diocese de Xiwanzi, pertencente à Igreja clandestina na China, aquela fiel ao Papa.
A diocese é referência para 15 mil fiéis e fica a 260 km ao Norte de Pequim, próximo
a fronteira com a Mongólia.
O Bispo Hao nasceu em 1916 numa família católica.
Ele e os dois irmãos se tornaram padres. Quando foi ordenado padre, em 1943, foi sentenciado
a 10 anos de prisão. Ao sair do cárcere, foi mandado a um campo de concentração em
Gonghui para ser "reeducado pelo trabalho". Solto em 1981, começou a criar uma paróquia.
Três anos mais tarde, foi ordenado bispo da Igreja clandestina da Diocese de Chongli-Xiwanzi.
A
situação da diocese de Xiwanzi começou a ficar mais complicada nos anos 80 quando
o governo chinês juntou as dioceses de Xiwanzi e Xuanhua criando assim a Diocese de
Zhangjiakou, ainda não reconhecida pelo Vaticano e sem um bispo nomeado. Nos últimos
anos a Diocese de Xiwanzi tentou continuar o trabalho missionário mas também continuou
sofrendo com a prisão de padres e fiéis e fechamento de igrejas. (RB)