Cidade do México, 14 mar (RV) - A Arquidiocese da Cidade do México denunciou
o "cinismo" de algumas autoridades dos EUA em relação ao tráfico de armas e a falta
de compromisso para acabar com este fenômeno. "Infelizmente, estas armas são responsáveis
por mais de 30.000 mortes mexicanas em quatro anos. Milhares deles eram criminosos,
sem dúvida, mas muitos outros eram cidadãos, sem qualquer responsabilidade, entre
os quais crianças inocentes", afirma um editorial publicado pelo sistema de informação
da Arquidiocese do México, o maior do país.
O artigo defende que as autoridades
dos EUA "estão se preocupando com a situação no México" somente porque um oficial
norte-americano está envolvido com essas mesmas armas que eles próprios vendem.
A
Arquidiocese considera responsável por esta situação estados como o Arizona, na fronteira
com o México ", onde se permite a passagem de armas ilegais que chegam às mãos dos
criminosos mexicanos, mas também no Texas, Colorado ou Califórnia.
O editorial
foi publicado no final de uma semana marcada pela tensão entre o México e os EUA,
após a revelação de que através da regulamentação de "Velozes e Furiosos", agentes
de fiscalização de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo (ATF) do Departamento de Justiça
permitiram a passagem de cerca de 2.000 armas para o México. (BR)