A mulher africana entre o Decénio que lhe é dedicado pela UA, o NOPPAW e o Sínodo
dos Bispos para a África
Afrofonia, 2/3/2011 Transmissão semanal da Rádio Vaticano inteiramente dedicada
à África, em onda todas as quartas-feiras, às 16.32, no canal 105 FM e, via internet,
no canal 5.
"2010-2020, Decénio da Mulher da África". Foi lançado em Outubro
passado pela União Africana. Objectivo: comemorar as conquistas já feitas e enfrentar
os desafios que ainda restam pela frente. Pretende-se que sejam envolvidas as mulheres
da base e que as actividades sejam articuladas a nível nacional e regional. Mas, a
notícia parece não ter chegado ainda aos ouvidos das mulheres da sexta região da África:
a Diáspora. No entanto, logo que se lhes fale disso, demonstram grande interesse e
expectativas. O mesmo não se pode dizer do NOPPAW, a ideia de atribuir o Prémio
Nobel da Paz, colectivamente, a todas as mulheres africanas que, com tanto sacrifício
quotidiano, fazem avançar a África. A iniciativa é de diversos organismos da sociedade
civil italiana, entre os quais “Chiama l’Africa”, que a tem dado a conhecer em Itália
e em África. E a Igreja católica, estará ela também a preparar algum grande evento
sobre a mulher em África? O Sínodo dos Bispos para a África de 2009 lançou um sinal
forte neste sentido, ao reconhecer os direitos da mulher e a necessidade de a valorizar
não só como esposa e mãe, mas também pelo papel que desempenha na sociedade. Esperam-se
agora iniciativas de aprofundamento e de concretização deste reconhecimento da parte
do SCEAM, Simpósio das Conferências Episcopais da África. Em vésperas do 8 de
Março, Dia Internacional da Mulher, Afrofonia debruçou-se sobre estas questões juntamente
com algumas mulheres imigradas e com Litha Ogana, Directora do Departamento de Género
da União Africana.