Durante o Angelus o Papa lançou um apelo a socorrer as populações da Líbia abaladas
pelos recontros armados e referiu-se á morte do ministro paquistanês Shahbaz Bhatti,
como uma admoestação a defender a liberdade religiosa
(6/3/2011) Muitas vezes o homem em vez de construir a própria vida sobre a rocha,
prefere as areias das ideologias, do poder, do sucesso e do dinheiro, pensando que
ali encontrará sua estabilidade e a resposta ao pedido insuprível de felicidade e
de plenitude que traz na sua alma. Afirmou o Papa antes da recitação da oração mariana
do Angelus. Somente a Palavra de Deus – acrescentou - defende o homem de um activismo
superficial que satisfaz o orgulho mas deixa vazios e insatisfeitos. Quando Jesus
ensinava, disse o Papa na sua reflexão que partia do lugar que a Palavra de Deus deve
ter na vida dos cristãos, a gente reconhecia mas suas palavras a mesma autoridade
divina, sentia a proximidade do Senhor, o seu amor misericordioso, e dava graças a
Deus. Em todas as épocas e lugares quem tem a graça de conhecer Jesus, especialmente
através da leitura do santo Evangelho, fica fascinado, reconhecendo que na sua pregação,
nos seus gestos, na sua Pessoa Ele nos revela o verdadeiro rosto de Deus e ao mesmo
tempo revela-nos a nós mesmos, faz-nos sentir a alegria de sermos filhos do Pai que
está no céu, indicando-nos a base sólida sobre a qual edificar a nossa vida. Mas
muitas vezes o homem - observou Bento XVI - não constrói o seu agir, a sua existência,
sobre esta identidade e prefere as areias do poder, do sucesso e do dinheiro pensando
que aí vai encontrar estabilidade e a resposta ao insuprível pedido de felicidade
e de plenitude que traz na própria alma. E nós, sobre que coisa queremos construir
a nossa vida? Quem poderá responder verdadeiramente á inquietação do coração humano?
Perguntou o Papa, afirmando que Cristo é a rocha da nossa vida.
Possa a palavra
de Deus – foi a sua exortação final – permear a nossa vida inteira, o pensamento e
a acção. Depois da recitação do Angelus o Papa lançou um apelo tendo como pano
de fundo as tensões destes dias em países da África e da Ásia.
Sigo continuamente
e com grande apreensão as tensões que nestes dias se registam em vários países da
África e da Ásia. Peço ao Senhor Jesus que o comovente sacrifício da vida do Ministro
paquistanês Shahbaz Bhatti desperte nas consciências a coragem e o empenho a tutelar
a liberdade religiosa de todos os homens e dessa maneira, promover a sua igual dignidade. O
meu pensamento angustiado dirige-se depois á Líbia, onde os recentes recontros causaram
numerosos mortos e uma crise humanitária crescente. A todas as vitimas e àqueles
que se encontram em situações angustiantes, asseguro a minha proximidade, enquanto
invoco assistência e socorro para as populações atingidas. Não faltou neste domingo
uma saudação do Papa em português Saúdo cordialmente
os fiéis das paróquias de Brandoa e Calhariz de Benfica, no Patriarcado de Lisboa,
e demais peregrinos de língua portuguesa, sobre cujos passos e compromissos cristãos
imploro, pela intercessão da Virgem Mãe, as maiores bênçãos divinas. Deixai Cristo
tomar posse da vossa vida, para serdes cada vez mais vida e presença de Cristo! Ide
com Deus.