EQUADOR: EDUCAÇÃO RELIGIOSA, DIREITO A SER DEFENDIDO
Quito, 04 mar (RV) - A Conferência Episcopal do Equador fala num documento
sobre o ensino público no país, de modo especial, sobre a educação religiosa.
O
documento agradece a ajuda financeira do Estado às escolas particulares e reconhece
que a nova Lei Orgânica do Ensino Inter-cultural trará uma significativa contribuição
à liberdade de formação.
Os bispos ressaltam que a maior parte dos cidadãos
do país está ainda excluída da educação, pois a Assembleia Legislativa restringiu
o direito constitucional com base no qual os pais podem escolher para seus filhos
uma formação concorde com seus princípios e religião.
"Este direito é negado
a todos os que por razões econômicas, decidem frequentar escolas estatais" – lê-se
no documento dos bispos, que a respeito da eliminação do ensino religioso declara:
"Como matéria curricular, este ensino é muito diferente da catequese e da educação
à fé oferecida pelas igrejas e locais de culto. É uma lição que integra a tradição
religiosa, segundo a consciência da família, e que se refere à formação cultural completa".
O texto dos bispos prossegue: "nós, Bispos do Equador, ouvimos a voz da maioria
das famílias equatorianas, de muitos educadores e de amplos setores da sociedade (não
apenas católicos), que hoje mais do que nunca sentem o sério compromisso da formação
como uma responsabilidade primária e não estão dispostos a renunciar a seus direitos
por causa de cálculos políticos ou decrépitos preconceitos ideológicos".
Os
prelados concluem, afirmando que "somente uma formação da razão e da liberdade, segundo
os princípios religiosos e morais da família, pode oferecer à convivência civil os
fundamentos para o bem comum num Estado de direito". (MJ)