Roma, 1º mar (RV) - Continua na Costa do Marfim o conflito entre os partidários
do chefe de Estado que deixa o poder, Laurent Gbagbo, e os do presidente eleito no
segundo turno em 28 de novembro último, Alassane Ouattara. No país se sucedem manifestações
e desordens, e os observadores já falam de guerra civil. Milhares de pessoas estão
fugindo da violência: está nascendo uma verdadeira emergência humanitária. O Secretário-geral
Ban Ki-moon, pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança para impedir
a crise.
Neste momento há uma queda-de-braço entre os dois presidentes. Ouattara
foi aceito como o vencedor oficial pela comunidade internacional, pela França, Estados
Unidos e também pela Organização das Nações Unidas. Já Gbagbo diz que houve fraudes.
“O mais grave, no entanto, é que até o momento não foi possível encontrar uma solução,
o que aumenta o risco de guerra civil”, afirmam os comentaristas internacionais.
Segundo
a Organização Terre des Hommes há uma grande preocupação pela emergência humanitária
que está vivendo o país. “Milhares de pessoas em fuga - afirma Alessandro Rabbiosi,
delegado de Terre des Hommes na Costa do Marfim – e o êxodo poderia assumir proporções
enormes. Na paróquia de São Mateus, no bairro de Abobo, em Abijan, estão refugiadas
cerca de 2 mil pessoas que fogem das áreas onde os confrontos são mais violentos.
(SP)