2011-02-26 13:22:20

As feridas profundas do aborto no discurso do Papa á Academia Pontifícia para a Vida


(26/2/2011) O grave desconforto psíquico experimentado frequentemente pelas mulheres que fizeram recurso ao aborto voluntario revela a voz insuprível da consciência moral, e a ferida gravíssima que sofre todas as vezes que a acção humana atraiçoa a vocação inata ao bem do ser humano que ela testemunha. Foi o que afirmou o Papa Bento XVI num discurso dirigido neste sábado ao participantes na assembleia plenária da Academia Pontifícia para a vida que dedicou os seus trabalhos ao “trauma pós-aborto” , um daqueles temas de relevante actualidade que para o Papa interrogam profundamente a sociedade contemporânea e a desafiam a encontrar respostas cada vez mais adequadas ao bem da pessoa humana.
“O homem inteiro de facto – salientou Bento XVI - fica ferido quando o seu agir se efectua contrariamente aos ditames da própria consciência. Contudo, mesmo quando o homem recusa a verdade e o bem que o Criador lhe propõe, Deus não o abandona, mas, precisamente através da voz da consciência, continua a procurá-lo e a falar-lhe, para que reconheça o erro e se abra á Misericórdia divina, capaz de sarar qualquer ferida.

A todos aqueles que desejariam negar a existência da consciência moral no homem, reduzindo a sua voz ao resultado de condicionamentos externos ou a um fenómeno puramente emotivo, o Papa recordou que a qualidade moral do agir humano não é um valor extrínseco ou opcional e não é tão pouco uma prerrogativa dos cristãos ou dos crentes, mas é comum a cada ser humano.
“Na consciência moral – disse depois Bento XVI –
Deus fala a cada um e convida a defender a vida humana em cada momento. Nesta ligação pessoal com o Criador está a dignidade profunda da consciência moral e a razão da sua inviolabilidade.

A concluir o Papa salientou que o aborto nunca é uma solução nem para as dificuldades familiares e económicas nem para os problemas de saúde, enquanto que a mulher muitas vezes é convencida , ás vezes pelos próprios médicos, que o aborto representa não só uma escolha moralmente licita, mas até mesmo um acto terapêutico devido.
Os médicos – disse Bento XVI – devem defender as mulheres do engano do aborto









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