ONU: VIOLÊNCIAS COMETIDAS PELO GOVERNO LÍBIO PODERÃO SER CONSIDERADAS CRIMES CONTRA
A HUMANIDADE
Bruxelas, 24 fev (RV) – O Conselho para os Direitos Humanos das Nações Unidas
realizou ontem uma seção especial para discutir a situação da Líbia. Os objetivos
são por fim ao uso da força contra os manifestantes e encontrar uma resolução pacífica
para a crise.
O encontro foi solicitado por 50 países membros e não-membros
do Conselho, que tem sede em Genebra, na Suíça. É a primeira vez que se realiza uma
sessão especial para um membro do Organismo. A última, que contou com a participação
dos 47 componentes, foi em dezembro de 2010, quando se analisou a situação dos Direitos
Humanos na Costa do Marfim durante a crise pós-eleitoral.
O conselheiro especial
do secretário geral para a Prevenção do Genocídio, Francis Deng, e o conselheiro especial
sobre a Responsabilidade de Proteger, Edward Luck, posicionaram-se contra a violência
na Líbia, juntamente com os altos funcionários das Nações Unidas. Entre os tipos de
agressões constatados e condenados estão o uso de ataques aéreos militares contra
os manifestantes, o envolvimento de mercenários estrangeiros nas mortes e nas prisões
arbitrárias de cidadãos, principalmente de advogados, defensores dos Direitos Humanos
e jornalistas.
Segundo as autoridades reunidas, se essas agressões contra os
manifestantes – que exigem reformas democráticas e a renúncia do presidente -, forem
comprovadas, passarão a constituir crime contra a humanidade, e os responsáveis deverão
ser penalizados. (ED)