PESAR DO PAPA PELAS VÍTIMAS DO TERREMOTO NA NOVA ZELÂNDIA
Cidade do Vaticano, 23 fev (RV) - Pesar de Bento XVI pelas vítimas do devastador
terremoto que nesta terça-feira atingiu a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia,
deixando um pesado balanço de ao menos 75 mortos e mais de 300 desaparecidos.
O
Papa expressou o seu pesar, quer durante a audiência geral da manhã desta quarta-feira,
quer através de um telegrama endereçado ao Bispo de Christchurch, Dom Barry Jones,
assinado pelo Cardeal Secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
O Pontífice confia
as vítimas "ao amor misericordioso de Deus", assegurando à nação neozelandesa as suas
orações. Em seguida, expressa seu apoio aos que estão assistindo os feridos e àqueles
que nestas horas buscam salvar as pessoas que se encontram presas sob os escombros.
Por
sua vez, o Premier neozelandês, John key, decretou estado de emergência nacional.
Como
as palavras do Papa foram acolhidas pela população atingida pelo abalo sísmico? Foi
o que a Rádio Vaticano procurou saber do Núncio Apostólico no país, Dom Charles Daniel
Balvo. Eis o que disse:
Dom Charles Daniel Balvo:- "Embora o sentimento
religioso não seja muito forte na Nova Zelândia, as pessoas apreciam muito essas palavras
do Santo Padre."
P. A situação em Christchurch é dramática. Fala-se de mais
de duzentos mortos. De quais notícias o senhor dispõe?
Dom Charles Daniel
Balvo:- "Na Nova Zelândia não estão acostumados com desastres de grande dimensão.
De fato, espera-se que o número de mortos supere a cifra de duas centenas e estão
buscando localizar as pessoas que ficaram presas sob os escombros em alguns edifícios
que ruíram parcialmente e que, por isso, podem acabar de desabar a qualquer momento,
tornando-se muito perigosos e nos quais não se consegue entrar. Na cidade as duas
catedrais ficaram gravemente danificadas, particularmente a catedral católica."
P.
Concretamente, o que a Igreja está fazendo para ajudar a população?
Dom
Charles Daniel Balvo:- "É preciso ver como as coisas caminharão, porque a metade
da cidade encontra-se sem energia elétrica, sem água, e houve uma grande evacuação.
A Caritas local alocou 25 mil dólares neozelandeses para ajudar, e aos poucos se verá
como fazer, porque é preciso organizar o acolhimento às pessoas que perderam suas
casas. Outras ajudas serão eventualmente oferecidas, mas, no geral, esse trabalho
é bem organizado." (RL)