2011-02-22 11:04:17

CARDEAL TAURAN É O NOVO PROTODIÁCONO DA IGREJA


Cidade do Vaticano, 22 fev (RV) - O cardeal francês Jean-Louis Tauran, de 67 anos, atual presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, é desde ontem o novo cardeal protodiácono da Igreja.

Esta função faz dele o responsável por anunciar publicamente o nome do futuro Papa, após um eventual conclave, do balcão central de São Pedro - como enuncia o Código de Direito Canônico (cân. 355.2).

O cardeal Tauran substitui Dom Agostino Cacciavillan, que deixou a ordem diaconal depois de 10 anos e passou a ser cardeal-presbítero.

Também entraram na ordem dos diáconos os Cardeais Sergio Sebastiani, Zenon Grocholewski, Jorge Maria Majia, Walter Kasper e Roberto Tucci. Após as seis ‘promoções’, o Cardeal Tauran se tornou o primeiro da lista dos diáconos, e portanto, protodiácono.

Ao cardeal protodiácono cabe a tarefa de anunciar o ‘Habemus papam’ e o nome do novo Pontífice depois da fumaça branca. Ele impõe também o pálio aos arcebispos metropolitas na festividade de São Pedro e São Paulo, em 29 de junho, e ao novo Papa, na missa de início de Pontificado. Também está sempre ao lado do Pontífice no balcão das bênçãos e por ocasião das mensagens ‘Urbi et Orbi’.

Os últimos protodiáconos a anunciar a eleição pontifícia foram o italiano Pericle Felici, que em 1978 anunciou duas (João Paulo I e João Paulo II), e o chileno Jorge Arturo Medina Estevez, que em abril de 2005 apresentou ao mundo o recém-eleito Bento XVI.

O Cardeal Jean-Louis Tauran nasceu em Bordeaux em 5 de abril de 1943 e tem longa experiência diplomática, tendo sido vice-secretário e secretário de ‘relações exteriores’ na Secretaria de Estado vaticana. Em 2003 tornou-se arquivista e bibliotecário da Santa Romana Igreja e em 2007, presidente do dicastério para o Diálogo Inter-religioso. Teve papel fundamental nas relações diplomáticas na época da guerra no Iraque. Realçou a importância das NNUU na resolução de conflitos e declarou que “uma guerra de agressão unilateral constituiria um crime contra a paz e uma violação da Convenção de Genebra”. Em seguida, declarou que o acontecido no Iraque demonstrava que paradoxalmente, os cristãos eram mais tutelados durante o regime de Saddam Hussein.

Atualmente está fortemente engajado no diálogo com outras confissões religiosas e justamente nestes dias (23 e 24 de fevereiro), deveria encontrar-se com representantes da Universidade sunita de Al-Azhar se esta não tivesse suspendido as relações com o Vaticano após os apelos do Papa pela proteção das minorias cristãs no Oriente Médio.
(CM)







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