Brasília, 08 fev (RV) - Rediscutir a política energética brasileira e abrir
um espaço democrático para a participação da sociedade civil nos processos de tomada
de decisão: é o que pedem os indígenas, ribeirinhos, ameaçados por barragens, lideranças
e movimentos sociais da Bacia do Xingu e de outros rios amazônicos. Concentrados hoje,
a partir das 8h em frente ao Congresso Nacional, em Brasília, (DF), manifestarão
contra o Complexo Belo Monte e outras mega-hidrelétricas na região.
Após o
protesto, uma delegação do movimento entregará à Presidência da República uma agenda
de reivindicações e as mais de 500 mil assinaturas das petições contra a Belo Monte.
O índio Raoni, símbolo internacional do movimento de defesa da Amazônia, e mais de
cem índios da etnia Kayapó confirmaram presença.
Segundo informa a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o ato é organizado pelo Movimento Xingu Vivo
para Sempre (MXVPS), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Movimento dos Atingidos
por Barragens (MAB), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira
(COIAB) e Instituto Socioambiental (ISA).
Segundo boletim enviado à RV pela
Agência Adital, a construção da Usina Belo Monte causaria a destruição de pelo menos
400.000 hectares da floresta e a expulsão de mais de 40.000 pessoas, entre indígenas
e ribeirinhos, que dependem do Rio Xingu para sua sobrevivência. (CM)