Cidade do Vaticano, 07 fev (RV) - Pouco mais de um ano atrás, no dia 21 de
dezembro de 2009, o Papa Bento XVI expressara o desejo de que a Igreja abrisse uma
espécie de “Pátio dos Gentios”, um lugar – disse então o Santo Padre – “no qual os
homens possam, de alguma forma, entrar em contato com Deus, sem conhecê-lo e antes
de terem encontrado o acesso ao seu mistério”. Estas palavras inspiraram a criação,
no âmbito do Pontifício Conselho para a Cultura de uma nova estrutura permanente destinada
a incentivar o intercâmbio e o encontro entre crentes e não-crentes.
O “Pátio
dos Gentios”, nome que evoca o espaço do Templo de Jerusalém aberto também aos não-crentes,
será oficialmente lançado em Paris nos dias 24 e 25 de março, mas a apresentação terá
um preâmbulo italiano em Bolonha, no próximo dia 12 de fevereiro.
O Presidente
do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, comunicou os detalhes
do projeto em uma nota de 25 de janeiro na qual explica que o "Pátio dos Gentios"
é "uma nova estrutura permanente do Vaticano para promover o diálogo e o encontro
entre crentes e não-crentes".
Para a inauguração foi programada uma série de
eventos para os dois dias entre os quais se encontram algumas exposições sobre o tema
“religião, iluminação e razão comum” que serão apresentadas na sede da UNESCO, na
Universidade de Sorbone e no Institut de France.
Para o dia 25 de março está
prevista uma mesa redonda no Colégio dos Bernardinos, o lugar onde o Papa Bento XVI
se dirigiu aos representantes do mundo da cultura em sua viagem a França em 2008.
No mesmo dia haverá uma “festa aberta a todos, particularmente aos jovens, com o tema
'o Átrio do desconhecido' que se realizará nas proximidades da Catedral de Notre Dame”
com espetáculos artísticos e música, entre outros. Após os espetáculos a Catedral
estará aberta para quem quiser participar de uma vigília de oração e de meditação.
(SP)