2011-02-05 13:02:08

EGITO: JORNALISTAS E ATIVISTAS SÃO AGREDIDOS ENQUANTO FAZEM A COBERTURA DA MANIFESTAÇÃO


Nova York, 05 fev (RV) - A alta comissária de Direitos Humanos das Nações Unidas, Navi Pillay, condenou a violência que está sendo perpetrada contra jornalistas e ativistas, no Egito, durante esses dias de manifestações.

Em comunicado, nesta sexta-feira, Pillay pediu que o assédio a esses grupos acabe e que todos os profissionais da imprensa e ativistas presos durante os protestos sejam libertados imediatamente.

Segundo o jornal al-Ahram, um jornalista de nome Ahmad Mohamed Mahmud, de 36 anos, estava fazendo fotos dos confrontos no centro do Cairo, da sacada de um apartamento, quando foi "baleado por um franco-atirador". Mahmud trabalhava para o diário al-Taawun.

Já a rede de TV americana CNN informou que um de seus âncoras, o apresentador Anderson Cooper, foi agredido por manifestantes por dois dias consecutivos. Na primeira vez, ele recebeu 10 socos na cabeça e teve parte de seu equipamento danificado no ataque.

Há relatos de que, ainda na quinta-feira, outras equipes tiveram de interromper o trabalho e voltar ao hotel por questão de segurança.

Segundo dados do Ministério da Saúde do Egito, os protestos contra o governo do país, que entraram no 11º dia nesta sexta, já deixaram 11 mortos e cerca de 5 mil feridos só na última semana.

Mas relatos recebidos pelo Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU trazem números ainda mais trágicos: 300 mortes e 4 mil feridos.

Na quinta-feira, durante uma visita à Alemanha, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, disse que as restrições impostas à mídia internacional e grupos de direitos humanos são "ultrajantes". (ED)







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