2011-02-02 12:21:17

INDIA: CRISTÃOS PROTESTAM CONTRA RELATÓRIO SOBRE VIOLÊNCIAS


Roma, 02 fev (RV) - Aplauso dos militantes integralistas hindus e fortes protestos dos líderes cristãos: essas as reações registradas pela agência Fides, após a publicação do relatório sobre violências contra os cristãos no Estado de Karnataka, na Índia, em 2008. Relatório realizado pela Comissão presidida pelo juiz aposentado B. K. Somasekhara. O estudo absolve a administração pública e civil das acusações de cumplicidade nas violências e afirma que os ataques foram iniciativas individuais e não de movimentos organizados, isentando assim, até mesmo as organizações fundamentalistas hindus.

O relatório reconhece ainda casos de conversões “não necessariamente obtidas com fraude ou coerção”, mas “induzidas pelos cristãos”. “Bajrang Dal”, uma das associações integralistas hindus mais violentas, congratulou-se com as conclusões, convidando o Governo do Estado - nas mãos do partido nacionalista hindu Bharatiya Janata Party -, a aprovar o quanto antes uma lei anti-conversão.

Os cristãos de Karnataka denunciam, ao invés que o “Relatório falhou ao indicar ao governo soluções e medidas para combater os grupos organizados, responsáveis pelos atentados contra as igrejas”, e dão ênfase a uma nota oficial da Diocese de Mangalore, uma das maiores de Karnataka.

O Relatório “não satisfaz em algum modo a comunidade cristã” - escreve a diocese - enquanto oferece elementos contraditórios, e “não ajuda a identificar os culpados”. Outros líderes e organizações cristãs, como a Christain Secular Forum (CSF), definem o documento “desonesto e repleto de preconceitos”, porque - explicam – “não especifica quais as medidas deveriam ser tomadas contra a polícia”, que não soube prevenir as violências.

Além disso, “a sugestão de instituir uma polícia específica para questões religiosas é impraticável”, de acordo com a Christain Secular Forum. Em 2008, uma onda de violências anti-cristãs, registrou em Karnataka mais de 113 ataques em 29 distritos. E nos últimos dois anos teriam se verificados outros 138 ataques contra pessoas, lugares ou instituições cristãs. (SP)








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