2011-01-28 13:02:59

Cristãos precisam de actuar conjuntamente em mútua aceitação e confiança, em ordem a servir a causa da paz e da justiça


(28/1/2011) A reflexão teológica conjunta das (antigas) Igrejas Orientais Ortodoxas e da Igreja Católica há-de as levar, “não só a compreenderem-se mais profundamente umas às outras, mas também a prosseguirem resolutamente” em direcção à plena comunhão. Esta a esperança expressa por Bento XVI ao receber, nesta sexta-feira uns trinta membros da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Orientais Ortodoxas, na conclusão da reunião de trabalho que teve lugar no Vaticano ao longo desta semana.
O Papa recordou que esta Comissão iniciou a sua actividade em 2003, tendo numa primeira fase (até 2009), produzido um texto comum intitulado “Natureza, Constituição e Missão da Igreja”. Este documento (observou o Papa) “sublinha aspectos dos princípios eclesiológicos fundamentais que partilhamos e identificou pontos que requerem uma reflexão aprofundada em posteriores fases do dialogo”.

“Não podemos deixar de dar graças pelo facto de, após quinze séculos de separação, encontrarmos um consenso sobre a natureza sacramental da Igreja, sobre a sucessão apostólica no serviço sacerdotal e sobre a urgente necessidade de testemunhar no mundo o Evangelho de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo”.

Numa segunda fase, também recordada pelo Papa, esta Comissão reflectiu, numa perspectiva histórica, sobre os modos como as Igrejas exprimiram a sua comunhão, ao longo dos tempos. E agora, nestes dias de encontro, aprofundou-se “o estudo da comunhão e comunicação que existia entre as Igrejas até meados do século V da história cristã, assim como o papel desempenhado pelo monaquismo na vida da Igreja dos primeiros séculos”.

“Podemos estar confiantes em que a vossa reflexão teológica há-de levar as nossas Igrejas, não só a compreenderem-se umas às outras mais profundamente, mas (também) a prosseguir resolutamente a nossa caminhada em direcção à plena comunhão a que somos chamados por vontade de Cristo.”

A concluir, Bento XVI referiu as dificuldades enfrentadas por muitos dos cristãos e comunidades destas antigas Igrejas Orientais Ortodoxas, causando “profunda preocupação”.

“Todos os cristãos precisão de actuar conjuntamente em mútua aceitação e confiança, em ordem a servir a causa da paz e da justiça. Que a intercessão e o exemplo dos muitos mártires e santos, que deram um corajoso testemunho de Cristo, nas suas Igrejas, vos sustente e fortaleça e às vossas comunidades cristãs”.








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