Cidade do Vaticano, 27 jan (RV) – Por ocasião da Jornada Internacional em memória
das vítimas do Holocausto, relembram-se as intervenções de Bento XVI sobre o tema.
O Papa manifestou-se inúmeras vezes sobre essa tragédia, que marcou a história do
século XX irremediavelmente.
Em 2006, o Papa visitou o campo de extermínio
de Auschwitz, e o memorial de Yad Vashem, em Jerusalém, em 2009. “Que o holocausto
induza a humanidade a refletir sobre a imprevisível potência do mal quando este conquista
o coração do homem”: é uma dentre as muitas considerações que o Santo Padre já fez
a respeito do tema.
“Falar nesse lugar de horror, de acumulação de crimes
contra Deus e contra o homem é uma tarefa quase impossível”, disse o Papa quando esteve
em Auschwitz. “É particularmente oprimente para um cristão, para um Papa proveniente
da Alemanha”, ressaltou na ocasião.
Em um discurso proferido em 2009, durante
Audiência Geral, o Pontífice disse que “o Holocausto ensina especialmente, seja às
velhas gerações, seja às novas, que somente o trabalhoso caminho da escuta e do diálogo,
do amor e do perdão, conduz os povos, as culturas e as religiões às tão esperadas
fraternidade e paz na verdade”.
Joseph Ratzinger vivenciou a violência do Holocausto.
Durante a chamada “Noite de Cristal”, que foi na passagem de 9 para 10 de novembro
de 1938, quando Ratzinger tinha apenas 11 anos, 91 judeus foram mortos, cerca de 25.000
a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração, e milhares das suas lojas
e sinagogas foram destruídas.
Sobre esse evento, o Papa, durante o Angelus
de 9 de novembro de 2008 - na ocasião com 81 anos -, relembrou “que ainda sente a
dor pelo que aconteceu naquela trágica noite, cuja lembrança deve servir para fazer
com que horrores dessa natureza não se repitam nunca mais, e para que todas as formas
de antissemitismo e de discriminações sejam eliminadas, educando, sobretudo, as jovens
gerações ao respeito e ao acolhimento recíproco”.
Em visita à Sinagoga de
Roma, em 17 de janeiro de 2010, Bento XVI afirmou que “a Igreja nunca deixou de deplorar
as faltas dos seus filhos e filhas, pedindo perdão por tudo aquilo que tenha podido
favorecer, de algum modo, as pragas do antissemitismo e do antijudaísmo. Possam essas
pragas serem eliminadas para sempre”, concluiu Bento XVI na ocasião. (ED)