2011-01-27 18:23:07

O HOLOCAUSTO NOS PRONUNCIAMENTOS DE BENTO XVI


Cidade do Vaticano, 27 jan (RV) – Por ocasião da Jornada Internacional em memória das vítimas do Holocausto, relembram-se as intervenções de Bento XVI sobre o tema. O Papa manifestou-se inúmeras vezes sobre essa tragédia, que marcou a história do século XX irremediavelmente.

Em 2006, o Papa visitou o campo de extermínio de Auschwitz, e o memorial de Yad Vashem, em Jerusalém, em 2009. “Que o holocausto induza a humanidade a refletir sobre a imprevisível potência do mal quando este conquista o coração do homem”: é uma dentre as muitas considerações que o Santo Padre já fez a respeito do tema.

“Falar nesse lugar de horror, de acumulação de crimes contra Deus e contra o homem é uma tarefa quase impossível”, disse o Papa quando esteve em Auschwitz. “É particularmente oprimente para um cristão, para um Papa proveniente da Alemanha”, ressaltou na ocasião.

Em um discurso proferido em 2009, durante Audiência Geral, o Pontífice disse que “o Holocausto ensina especialmente, seja às velhas gerações, seja às novas, que somente o trabalhoso caminho da escuta e do diálogo, do amor e do perdão, conduz os povos, as culturas e as religiões às tão esperadas fraternidade e paz na verdade”.

Joseph Ratzinger vivenciou a violência do Holocausto. Durante a chamada “Noite de Cristal”, que foi na passagem de 9 para 10 de novembro de 1938, quando Ratzinger tinha apenas 11 anos, 91 judeus foram mortos, cerca de 25.000 a 30.000 foram presos e levados para campos de concentração, e milhares das suas lojas e sinagogas foram destruídas.

Sobre esse evento, o Papa, durante o Angelus de 9 de novembro de 2008 - na ocasião com 81 anos -, relembrou “que ainda sente a dor pelo que aconteceu naquela trágica noite, cuja lembrança deve servir para fazer com que horrores dessa natureza não se repitam nunca mais, e para que todas as formas de antissemitismo e de discriminações sejam eliminadas, educando, sobretudo, as jovens gerações ao respeito e ao acolhimento recíproco”.

Em visita à Sinagoga de Roma, em 17 de janeiro de 2010, Bento XVI afirmou que “a Igreja nunca deixou de deplorar as faltas dos seus filhos e filhas, pedindo perdão por tudo aquilo que tenha podido favorecer, de algum modo, as pragas do antissemitismo e do antijudaísmo. Possam essas pragas serem eliminadas para sempre”, concluiu Bento XVI na ocasião. (ED)







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