PAPA PRESIDE CELEBRAÇÃO DAS VÉSPERAS NA SOLENIDADE LÍTURGICA DA CONVERSÃO DE SÃO PAULO
Cidade do Vaticano 26 jan (RV) - Bento XVI presidiu na tarde desta terça-feira,
25 de janeiro, na Basílica de São Paulo fora dos Muros à tradicional celebração das
vésperas na solenidade litúrgica da conversão de São Paulo, na conclusão da Semana
de Oração pela Unidade dos Cristãos, que no Brasil se realiza entre o domingo da Ascensão
e o domingo de Pentecostes. Participaram da celebração, representantes das outras
Igrejas e Comunidades eclesiais presentes na capital italiana.
Na sua homilia
Bento XVI referiu-se aos passos significativos que foram dados pelo movimento ecumênico,
e que tornaram possível alcançar encorajadoras convergências e consensos sobre vários
pontos, desenvolvendo entre as Igrejas e as comunidades eclesiais relações de estima
e respeito recíproco bem como de colaboração concreta perante os desafios do mundo
contemporâneo.
“Todavia – disse o Santo Padre - sabemos bem que ainda estamos
longe daquela unidade pela qual Cristo rezou e que encontramos refletida no retrato
da primeira comunidade de Jerusalém”. A unidade à qual Cristo, mediante o seu Espírito,
chama a Igreja – salientou depois Bento XVI – não se realiza apenas no plano das estruturas
organizativas, mas configura-se em um nível muito mais profundo, como unidade expressa
na confissão de uma só fé, na celebração comum do culto divino e na concórdia fraterna
da família de Deus.
A busca do restabelecimento da unidade entre os cristãos
divididos não pode, portanto, reduzir-se a um reconhecimento das diferenças recíprocas
e à consecução de uma convivência pacifica: o nosso desejo é daquela unidade pela
qual o próprio Cristo rezou e que por sua natureza se manifesta na comunhão da fé,
dos sacramentos, do ministério.
O caminho para esta unidade – disse Bento
XVI - deve ser visto como um imperativo moral, uma resposta a um preciso chamado do
Senhor. Por isso é necessário vencer a tentação da resignação e do pessimismo que
é falta de confiança no poder do Espírito Santo.
É nosso dever prosseguir com
paixão o caminho em direção a esta meta com um diálogo sério e rigoroso para aprofundar
o comum patrimônio teológico, litúrgico e espiritual, com o conhecimento recíproco,
com a formação ecumênica das novas gerações e sobretudo, com a conversão do coração
e com a oração. (SP)