Brasília, 26 jan (RV) - Foi lançado, na última segunda-feira, 24 - Dia de São
Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas -, na reunião dos coordenadores da Pastoral
da Comunicação (Pascom), que se realiza na sede CNBB, em Brasília, o documento de
estudos número 101 da CNBB, “A Comunicação na vida e missão da Igreja no Brasil”.
Publicado pelas Edições CNBB e pela Paulus, o documento é uma resposta à necessidade
da Igreja em trabalhar com o apoio de um subsídio sobre comunicação para a Igreja
no Brasil.
Segundo o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Educação,
Cultura e Comunicação Social da CNBB, Dom Orani João Tempesta, o documento tem por
objetivo ser um animador e orientador para o “Progresso da comunicação no Brasil”.
Ele comunica ainda, na apresentação do documento, que o texto deverá se tornar brevemente
o Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil.
“A nossa intenção, depois de
muitas consultas, é que fosse um diretório de animação e orientação para o progresso
da comunicação e uma melhor presença da Igreja na mídia, contemplando também, evidentemente,
as questões espinhosas das transmissões litúrgicas televisivas e a grande discussão
entre o virtual e o real [...]”, diz Dom Orani, num dos trechos da apresentação do
documento.
Em entrevista à assessoria de imprensa da CNBB, Dom Orani destacou
que a preocupação do texto é ser colocado à disposição da Igreja para que seja lido
e aprofundado para futuramente ser transformado no Diretório de Comunicação. “Depois
de lido e estudado, aguardaremos as sugestões das pessoas, para que façamos as adaptações
necessárias para que o texto chegue a ser o diretório. A etapa agora é de sugestões”,
disse Dom Orani.
Para o arcebispo, o texto é uma forma de fomentar o entusiasmo
dos comunicadores da Igreja no Brasil. “A comunicação é essencial na vida do ser humano
e a Igreja é feita de comunicação, da boa notícia, da Palavra de Deus, da Catequese,
da Liturgia. Com as mídias sociais e com a comunicação eletrônica, é importante que
aja orientação, que não corte o entusiasmo, mas que entende bem a comunicação no Brasil
e, pelo tamanho do país e pelo dinamismo que tem a comunicação no Brasil, é muito
importante e necessário que tenhamos um diretório de comunicação no Brasil para fomentar
o entusiasmo e orientar”, pontuou.
O encontro da Pascom teve início na segunda-feira,
24, e segue até sexta-feira, 28. Os participantes, coordenadores regionais da Pascom
e pesquisadores da área, discutem as necessidades de publicações, ideias para melhorar
os trabalhos de orientação em comunicação, como também pensar na publicação da segunda
edição do livro “As novas fronteiras da Pastoral da Comunicação”.
De acordo
com a assessora da Comunicação Episcopal para as Comunicações Sociais da CNBB, irmã
Elide Fogolari, a semana será importante para discussões sobre o desenvolvimento da
Pascom e sua atuação na Igreja no Brasil. “As pessoas que trabalham nas bases da Pastoral
da Comunicação estão pedindo que a Pascom seja sistematizada e aprofundada na Igreja
para aqueles que já atuam na área para que tenham a Pascom desenvolvida nos seus regionais,
dioceses e paróquias. Durante esses dias, vamos fazer um aprofundamento de como a
Pascom é concebida no sentido filosófico, religioso, pastoral; e a comunicação enquanto
geradora de sentidos para a Igreja e a sociedade”, antecipou irmã Elide.
O
documento 101 da CNBB pode ser adquirido através das Edições - CNBB pelo telefone
(61) 2193-3019 ou pelo site www.edicoescnbb.org.br
Dom Orani também comentou
a mensagem do papa Bento XVI para o 45º Dia Mundial das Comunicações Sociais. A preocupação
com a verdade e a autenticidade na hora de comunicar é o principal foco da mensagem
do pontífice, segundo o presidente da Comissão para as Comunicações Sociais da CNBB.
“A mensagem do papa vem falar de modo especial aos jovens que são os absorvedores
da comunicação do momento, das novas tecnologias, e vem lembrar o que é importantíssimo:
precisamos ser autênticos e verdadeiros em tudo o que fazemos enquanto Igreja. Quem
está por traz da comunicação ou à frente do computador, atrás de um microfone, ou
fazendo um programa de televisão ou rádio deve observar isso muito bem. A mensagem
vem alertar para a autenticidade da pessoa humana, daquele que faz a comunicação.
O Papa fala um pouco da vida da pessoa que conta com aquele que faz comunicação, ou
seja, a importância da autenticidade para que se possa chegar a uma verdade objetiva.
(SP-CNBB)