BENTO XVI FALA SOBRE OS PRINCÍPIOS ÉTICOS E MORAIS DE CADA CIDADÃO
Cidade do Vaticano, 22 jan (RV) - Na manhã desta sexta-feira, Bento XVI concedeu
audiência aos dirigentes e agentes de Segurança Pública da cidade de Roma. Em seu
discurso, falou sobre os princípios éticos e os posicionamentos morais de cada cidadão.
O Papa disse constatar, na sociedade atual, um enfraquecimento desses princípios e,
portanto, exortou os cristãos a serem firmes ao professar a fé na sociedade.
O
Santo Padre elencou a precariedade social e econômica como primeira responsável por
esse fenômeno, gerador de um sentimento de insegurança e de descrença no sucesso das
“forças mobilizadas para a defesa da sociedade civil”. O Pontífice exortou os cristãos
à sua responsabilidade de fazer o bem, estando próximos aos seres humanos nas suas
alegrias e sofrimentos.
Bento XVI voltou a um tema por ele tratado em muitas
outras ocasiões, que é o da “dimensão subjetiva da existência”. “Pôr atenção sobre
esse aspecto – afirmou – é um bem, quando se evidencia o valor da consciência humana”.
Bento XVI continuou, seguindo sua linha de pensamento nesse sentido, explicando
que, “no modo de pensar moderno, desenvolveu-se uma visão reduzida da consciência,
segundo a qual não existem referências objetivas para determinar o que vale e o que
é verdadeiro”. “A referência passou a ser o próprio indivíduo, na sua singularidade,
com as suas instituições e as suas experiências, de modo que, cada um, possui a sua
própria verdade, a própria moral”.
Segundo o Papa, a conseqüência mais evidente
disso é que a religião e a moral tendem a ficar confinadas no âmbito do sujeito, do
privado. E dirigindo-se aos agentes de segurança pública de Roma, Bento XVI concluiu
o discurso convidando os oficiais a “oferecerem um bom exemplo de positiva interação
entre uma salutar laicidade e a fé cristã”, realizando uma combinação harmônica dos
meios e dos sistemas de segurança. Para tanto, exortou-os a fazerem uso do que chamou
de “bagagem de dotes humanos”, quais sejam “paciência, perseverança no bem, sacrifício
e disponibilidade de escuta”. (ED)