2011-01-18 18:02:09

CARDEAL KOCH: É CHEGADA A HORA DE UMA RENOVADA "RESPONSABILIDADE ECUMÊNICA"


Cidade do Vaticano, 18 jan (RV) - A tarefa árdua, mas entusiástica da unidade de todos os seguidores de Cristo, anima a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, iniciada nesta terça-feira, e que se estenderá até o próximo dia 25, centralizada no tema: "Unidos no ensinamento dos apóstolos, na comunhão, no partir o pão e na oração". Ressaltamos que a Igreja no Brasil celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos entre o Domingo da Ascensão e o Domingo de Pentecostes.

Como recordou Bento XVI no domingo passado, no Angelus, "é fundamental que os cristãos, embora espalhados pelo mundo inteiro e, por isso mesmo, diferentes por culturas e tradições, sejam uma só coisa".

No pronunciamento do Presidente do Pontifico Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch – publicado pelo jornal vaticano "L'Osservatore Romano" – o purpurado ressalta que chegou a hora de uma renovada "responsabilidade ecumênica":

"A esperança ecumênica é alimentada, sobretudo, pela convicção de que o movimento ecumênico é obra grandiosa do Espírito Santo" – observa o Cardeal Koch. "Seríamos pessoas de pouca fé se não acreditássemos que o Espírito Santo portará a cumprimento aquilo que começou".

O purpurado ressalta que o testemunho cristão é a clave "de violino ecumênica" a fim de que a melodia que une ecumenismo e missão seja harmoniosa e sinfônica. A voz cristã é crível se os cristãos são unidos no "dar testemunho da beleza do Evangelho".

E as testemunhas mais críveis são, sem dúvida, "os mártires que deram a sua vida em defesa do Evangelho". Hoje a religião cristã é a mais perseguida. Somente em 2008, dos mais de dois bilhões de cristãos no mundo, 230 milhões foram vítimas de discriminações, desrespeitos, hostilidades e, até mesmo, de verdadeiras perseguições. 80% das pessoas que são perseguidas por causa de sua fé são cristãs.

Esse balanço desconcertante representa "um grande desafio para todas as Igrejas, chamadas a serem realmente solidárias" - observa o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

A recordação, na oração, dos cristãos perseguidos pode aprofundar a nossa responsabilidade ecumênica, transformando-a num "ecumenismo dos mártires". "Devemos viver na esperança de que o sangue dos mártires do nosso tempo se torne um dia semente de unidade plena do Corpo de Cristo."

Devemos testemunhar essa esperança de modo crível na ajuda eficaz dada aos cristãos perseguidos no mundo, "denunciando publicamente as situações de martírio e empenhando-nos, juntos, em favor do respeito pela liberdade de religião, e da dignidade humana" – conclui o Cardeal Koch. (RL)







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