DIA MUNDIAL DO MIGRANTE: PROMOVER CLIMA DE TOLERÂNCIA
Cidade do Vaticano, 17 jan (RV) - A Igreja celebrou, neste domingo, o 97° Dia
Mundial do Migrante e do Refugiado. "Uma só família humana" foi o tema escolhido,
este ano, por Bento XVI, para celebrar esse dia instituído pelo Papa Pio X, em 1914.
O
presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes,
Dom Antonio Maria Vegliò, falando sobre a situação dos migrantes no mundo, sublinhou
que "segundo dados recentes das Nações Unidas, os migrantes regulares no mundo são,
hoje, cerca de 214 milhões e os irregulares variam de 15 a 20 milhões".
O
prelado frisou que a maioria das pessoas partem da África subsaariana, Oriente Médio,
e de todo o sudeste asiático, mas também de muitos países da América Latina. "Quase
todos os países do mundo são tocados por este fenômeno e os motivos da migração são
vários: pobreza, fome, guerra, crise econômica e política, conflitos políticos e sociais,
e violação dos direitos humanos" – disse ainda o arcebispo.
Falando sobre
a mensagem de Bento XVI para o 97° Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o prelado
sublinhou que este ano a mensagem do Papa destaca que a "humanidade é uma só família
humana, multiétnica e intercultural".
"Nesse contexto, a Igreja sente como
sua tarefa o restabelecimento dos valores e da dignidade humana, sobretudo através
da promoção de uma cultura de encontro e respeito, que cura as feridas e abre novas
possibilidades de integração, segurança e paz" – frisou Dom Veglò.
Segundo
o prelado, "o desafio consiste em criar um clima de tolerância, atenção, proteção
e esperança, além de garantir que tragédias causadas por comportamentos de intolerância
que, infelizmente, terminam em xenofobia e racismo, não aconteçam mais".
Em
relação à luta em favor das causas da migração, o arcebispo espera que "os estados
mais ricos saibam acolher a exortação do Santo Padre em favor da justa distribuição
dos bens da terra, colocando em ação intervenções estruturais e eficazes, como a cooperação
ao desenvolvimento dos países pobres, reduzindo as causas dos êxodos forçados". (MJ)