2011-01-17 18:46:45

BENTO XVI: A IGREJA PRECISA DE SACERDOTES BEM PREPARADOS


Cidade do Vaticano, 17 jan (RV) - A Igreja precisa de sacerdotes bem preparados, que sejam apaixonados pela Verdade trazida por Cristo, "partilhem-na com muitos" e sejam fiéis à Sé de Pedro. Foram os temas centrais do discurso com o qual Bento XVI celebrou, na manhã desta segunda-feira, os 100 anos de fundação do Pontifício Instituto Eclesiástico Polonês, recebendo em audiência na Sala Clementina, no Vaticano, seus estudantes e responsáveis.

"Bem preparados", porque somente um sacerdote profundamente formado pode ser, no mundo, "outro Cristo". E firmemente unidos ao Papa, porque esse laço é garantia de que os frutos produzidos nasceram da mesma antiga raiz da Igreja.

Duas indicações "sensíveis" oferecidas pelo Papa aos futuros padres de uma nação, a Polônia, que deu ao mundo inúmeros sacerdotes de grande envergadura. Um dos lugares que há cem anos se dedica à sua preparação é justamente o Pontifício Instituto Eclesiástico Polonês, em Roma. Ao receber os professores e alunos dessa comunidade, o Papa reiterou um conceito particularmente enfatizado nos últimos tempos:

"A Igreja precisa de sacerdotes bem preparados, ricos daquela sabedoria que se adquire na amizade com o Senhor Jesus, adquirindo-a constantemente na Mesa eucarística e na fonte inesgotável de seu Evangelho. Dessas duas insubstituíveis fontes saibam obter o contínuo sustento e a necessária inspiração para a vida de vocês e o seu ministério, para um sincero amor à Verdade, que hoje são chamados a aprofundar também mediante o estudo e a pesquisa científica e que poderão no amanhã partilhar com muitos."

Essa busca da Verdade – observou em seguida Bento XVI – "é estimulada e enriquecida pela proximidade à Sé Apostólica. O Papa exortou a cultivar "amor" e "devoção" à figura de Pedro, e, em relação à Igreja, impeliu a um serviço generoso:

"Permanecer unidos a Pedro, no coração da Igreja, significa reconhecer, cheio de gratidão, estar dentro de uma multissecular e fecunda história de salvação, que por uma multiforme graça os alcançou e à qual vocês são chamados a participar ativamente a fim de que, como árvore vicejante, produza sempre os seus preciosos frutos."

No começo de seu discurso, Bento XVI recordara "a iluminada intuição" graças à qual em 1910 Dom Józef Sebastian Pelczar – santo prelado polonês que viveu entre a segunda metade do Séc. XIX e início do Séc. XX – iniciou o Instituto, depois aprovado pelo Papa São Pio X. E dentre os Sucessores de Pedro que mostraram solicitude pelo Instituto polonês, o Papa quis citar também Paulo VI e João Paulo II. Foram evocações do Santo Padre para ressaltar a responsabilidade que deriva do preparar-se para se tornar sacerdote "no coração da cristandade":

"Sintam-se "pedras vivas", parte importante desta história que hoje requer também a pessoal e incisiva resposta de vocês, oferecendo a sua generosa contribuição, como o fez, durante o Concílio Vaticano II, o inesquecível Primaz da Polônia, o Cardeal Stefan Wyszyński, que, justamente no Instituto Polonês, teve a oportunidade de preparar a celebração do Milênio do Batismo da Polônia e a histórica Mensagem de Reconciliação que os bispos poloneses endereçaram aos prelados alemães, contendo as famosas palavras: "Perdoamos e pedimos perdão"." (RL)







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