2011-01-15 12:56:20

PAPA DEFENDE DIREITOS DA FAMÍLIA


Cidade do Vaticano, 15 jan (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, nesta sexta-feira, no Vaticano, os representantes das instituições da região italiana do Lácio, da Câmara e da Província de Roma. No discurso às autoridades o Santo Padre lançou um apelo em favor de políticas orgânicas para a família, e de garantias para que as mulheres possam conciliar família e trabalho. O Pontífice falou também, sobre o respeito à vida a partir de várias perspectivas, sobre a crise econômica e, em particular sobre a falta de trabalho para os jovens.

Bento XVI pediu, antes de tudo, políticas orgânicas que não se limitem a propor soluções aos problemas contingentes, mas que tenham como finalidade sua consolidação e desenvolvimento, e sejam acompanhadas por uma adequada obra de educação.

A família é o berço original da sociedade no qual – disse o Papa – os filhos aprendem os valores fundamentais: é na família que os filhos aprendem os valores humanos e cristãos que permitem uma convivência construtiva e pacifica. É na família que se aprendem a solidariedade entre as gerações, o respeito às regras, o perdão e o acolhimento do outro. É na própria casa que os jovens, experimentando o afeto dos pais, descobrem o que é o amor e aprendem a amar.

Bento XVI sublinhou ainda, a obra educativa, para citar alguns aspectos da crise da família amplificados, às vezes, pelos graves fatos de violência que, infelizmente, acontecem. E a propósito de valores que se devem aprender, o Papa sublinhou a importância de aprender a viver o amor na lógica do dom de si mesmo, com uma visão elevada e oblativa da sexualidade.

O amor humano não deve ser reduzido a objeto de consumo… deve ser percebido e vivido como experiência fundamental que dá sentido e finalidade à existência.

E depois a vida: muitos casais desejariam acolher o dom de novos filhos, mas são levados a esperar, explicou o Papa que sem meios termos afirma: “É necessário apoiar concretamente a maternidade, bem como garantir às mulheres que desempenham uma profissão, a possibilidade de conciliar família e trabalho. De fato, muitas vezes, elas são colocadas em posição de terem que optar entre os dois: O desenvolvimento de adequadas políticas de ajuda, bem como estruturas destinadas à infância, como jardins de infância, mesmo aqueles com gestão a cargo de famílias, podem ajudar a fazer com que um filho não seja visto como um problema, mas como um dom e uma grande alegria.

Em seguida o Papa voltou seu pensamento ao elevado número de abortos praticados na região do Lácio. Bento XVI pediu que os “Consultórios estejam em condições de ajudar as mulheres a superarem as causas que possam levar a interromper a gravidez". Depois manifestou apreço pela lei em vigor na região do Lácio, que prevê o chamado “quociente familiar” considerando o filho concebido como componente da família.

A vida continuou no centro do discurso do Papa, quando falou sobre os idosos como "uma grande riqueza para a sociedade". Bento XVI pedIu o respeito à vida até ao seu termo natural e solicitou que os idosos não sejam abandonados à solidão.

O pensamento do Papa dirigiu-se ainda, à questão da grave e persistente crise econômica e ao problema do trabalho. Os jovens, em particular, que depois de anos de preparação não vêem saídas profissionais e possibilidade de inserção social e de projetos de futuro, muitas vezes se sentem desiludidos e são tentados a recusar a sociedade. O prolongar-se de semelhantes situações causa tensões sociais que são exploradas pelas organizações criminosas que propõem atividades ilícitas.

Bento XVI fez então um apelo: “É urgente que, embora no momento difícil, se envidem todos os esforços no sentido de promover políticas de emprego, capazes de garantir um trabalho e sustentamento digno, condições indispensáveis para dar vida a novas famílias." (SP)








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