DOM FISICHELLA EXPLICA O NOVO PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A NOVA EVANGELIZAÇÃO
Cidade do Vaticano, 14 Jan (RV) - O Presidente do novo Pontifício Conselho
para a Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, explica que a fundação deste novo
dicastério vaticano está na linha do Concílio Vaticano II para “recomeçar rumo a novos
horizontes” em meio a uma sociedade secularizada.
Em entrevista concedida ao
jornal vaticano L'Osservatore Romano, Dom Fisichella assinala que “a Igreja, custódia
da Palavra de Deus, transforma-a em luz das gentes” aludindo à constituição Lumen
Gentium do Vaticano II sobre a Igreja no mundo atual.
A Igreja, prossegue,
“não esquece que está em missão contínua e que permanece em diálogo com o mundo contemporâneo.
É consciente de que tem que encontrar novas formas para este diálogo, de modo que
seja mais compreensível para o mundo de hoje”.
Então, “a nova evangelização
é um caminho marcado pelo (Concílio) Vaticano II que não chega a seu final - como
o Papa quis nos fazer entender - mas que recomeça rumo a novos horizontes".
O
Arcebispo ressalta em seguida a importância da encíclica Evangelii nuntiandi de 1974
do Papa Paulo VI e destaca também como João Paulo II durante todo seu pontificado
alentou a tarefa da “nova evangelização”, expressão cunhada por ele para referir-se
ao anúncio do Evangelho com um novo ardor, com novos métodos e uma nova expressão.
Dom
Fisichella afirma também que Bento XVI criou o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização
como sinal da “continuidade do magistério pontifício” e conta para esta tarefa com
todos os episcopados do mundo.
O Arcebispo explica ainda um dos principais
desafios a enfrentar nas sociedades cuja identidade cristã foi se debilitando progressivamente:
o secularismo.
Esta tendência, explica, “é a posição extrema que gerou formas
de relativismo, de autonomia exasperada que o homem considera ter e que acaba por
alimentar apenas o direito individual, esquecendo a responsabilidade social. Reclamam-se
direitos que não existem em razão da suposta autonomia de todos e de tudo, em primeiro
lugar do próprio Deus”. (SP)