Cidade do México, 11 jan (RV) - O porta-voz da Arquidiocese do México, Padre
Hugo Valdemar, pediu aos mexicanos que se afastem do culto à chamada “Santa Morte”
porque é uma devoção contrária ao cristianismo e que se está convertendo na preferida
do crime organizado. Ao falar à agência ACI sobre a detenção do líder desta seita,
David Romo “o pároco”, acusado de participar do seqüestro de três pessoas, o sacerdote
disse que espera que a justiça mexicana determine a culpabilidade ou inocência de
Romo. “Seríamos injustos se o declarássemos culpado sem ser julgado”, explicou.
Entretanto,
o sacerdote reiterou seu pedido aos fiéis para que se afastem desta devoção, que tem
milhares de seguidores em todo o México, porque se trata de uma “crença supersticiosa
e com conotações diabólicas” que lucra com a ignorância das pessoas e que “está se
convertendo na devoção preferida do crime organizado, dos narcotraficantes e seqüestradores”.
Padre
Valdemar recordou que Cristo teve que vencer o pecado e a morte, que “é sinal do poder
do maligno e sua destruição”. Disse que a seita que lidera Romo “personaliza o próprio
demônio, o qual é muito perigoso”.
O sacerdote indicou também que muita gente
caiu nesta seita por falta de um maior compromisso evangelizador da Igreja e advertiu
que muitos acreditam que a “Santa Morte” é um santo a mais, quando “nem sequer é uma
pessoa”. O porta-voz da Arquidiocese do México pediu aos fiéis que destruam as
imagens da Santa Morte e não temam uma vingança porque “o poder de Deus é maior que
o maligno”.
David Romo foi detido em 4 de janeiro junto com outras oito pessoas
na capital mexicana, acusados de seqüestrar a um casal de anciãos e um homem. Segundo
a polícia, este grupo se fazia passar por uma facção do cartel de “Los Zetas” para
atemorizar as famílias de suas vítimas e acelerar o pagamento do resgate. (SP).