Democracia e participação” na semana social nacional, em Angola
(7/1/2011) Sob o lema: “Democracia e participação”, decorre de 11 a 15 de Janeiro,
no Seminário Maior de Luanda, a Quarta semana social nacional em que se prevê a participação
de 350 pessoas provenientes das 19 dioceses Angolanas. Durante quatro dias serão
abordados cinco painéis com temas ligados a democracia e participação, orçamento geral
do estado, poder local, justiça e Igreja.
O evento, que se realiza de três
em três anos, tem como objectivo retomar a tradição secular do cristianismo na defesa
da vida e da pessoa humana.
“As semanas sociais surgem na nossa era como
projecção do evangelho, na medida em que explicitam e apontam as suas incidências
nas diversas situações e nos problemas da vida social” .
“São um retomar, no
nosso tempo, da secular tradição social do cristianismo, na defesa dos direitos fundamentais
da pessoa na oposição, a um liberalismo económico, sem regras e sem limites” disse
o Secretário da CEAST, Dom Emílio Sumbelelo, quando apresentava esta quarta semana
social nacional
“É desejo da nossa Conferência que antes de mais que se ganhe
a responsabilidade individual e colectiva, especialmente entre os cristãos a favor
do desenvolvimento solidário” – frisou.
A Conferência Episcopal de Angola e
São Tomé exorta os cristãos com cargos sociais a evitarem o divórcio entre a vida
pública e a espiritual.
“Evitar o divórcio entre fé e a vida traduzida pela
existência de duas vidas paralelas: a espiritual e a secular. Os leigos devem compreender
que não podem continuar ausentes dos lugares essenciais em que se joga e decide o
destino da Nação” – apelou.
“É no meio da injustiça e da violência que se procura
construir condições mais humanas, mais solidárias, mais pacíficas”.
“O cristão
portanto não é o homem do contra, mas o portador de uma mais valia, isto é, da sua
fé” – referiu.
“Cada Cristão para além de ser um contemplativo, um apóstolo
e um missionário, deve também ser um construtor da história e um organizador da sociedade”.
O
também bispo do Uige disse que ao assistir-se uma perda de valores nas sociedades,
as semanas sociais propõem de novo o respeito pela Pessoa humana como principio fundamental
da vida politica, económica e social;
“Diante da perda de valores nas nossas
sociedades, as semanas sociais são chamadas, sobretudo, a propor de novo aos cristãos
e à todos os homens de boa vontade, a pessoa humana e a sua dignidade, como princípio
fundamental da convivência social, politica e económica” – salientou.
“A verdade
sobre o homem é pedra chave para evidenciar os problemas do indivíduo e da sociedade,
para que o homem não seja tratado apenas como o número, mas sim como o ente e repetível,
singular diante de Deus”.