A visita de Bento XVI ao Policlínico Gemelli de Roma: a oração e o afecto do Papa,
também para dar forças para enfrentar a doença
(5/1/2011) Bento XVI visitou esta tarde um grupo de crianças internadas na policlínica
universitária Agostinho Gemelli, em Roma. O Papa foi recebido cerca das 17h15
pelo reitor da Universidade Católica do Sagrado Coração, Lorenzo Ornaghi, e o novo
administrativo da instituição, Marco Elefanti. Presente estava também o vigário
papal para a diocese de Roma, cardeal Agostinho Vallini. O Papa aproveitou a vigília
da Festividade dos Reis Magos (feriado na Itália) para distribuir presentes pelos
jovens pacientes das enfermarias pediátricas. O programa papal contemplou ainda
a bênção a um novo centro de tratamento para espinha bífida A visita incluiu
a passagem pelo serviço de pediatria e junto das incubadoras dos cuidados intensivos
de neonatologia. Além das crianças e seus pais, o Papa quis saudar o pessoal médico
e administrativo, bem como alguns voluntários. Bento XVI afirmou que quis deslocar-se
ali para que pudessem sentir, através de um pequeno sinal, a simpatia, a proximidade,
o afecto do Papa, para fazer um pouco como os Reis Magos que celebramos nesta Festa
da Epifania. Eles levaram a Jesus, ouro, incenso e mirra para lhe manifestar adoração
e afecto. Hoje, disse o papa dirigindo-se de maneira particular ás crianças também
eu vos trouxe alguns presentes. E acrescentou: “Obrigado a vós, crianças, que me acolhestes:
quero dizer-vos que gosto de vós e que estou próximo, com a minha oração e o meu afecto,
também para vos dar forças para enfrentar a doença”, disse. O Papa ouviu uma das
doentes ler uma carta, em nome de todos, na qual referia que esta visita deu às crianças
“muita alegria, nova força e a luz da estrela”. “Nunca imaginei dirigir a palavra
ao Papa”, confessou Francesca, que sofre de espinha bífida e se encontra numa cadeira
de rodas. Mais tarde, aos pais das crianças e pessoal do policlínico, Bento XVI
destacou a “competência e caridade” com que tomam conta do “sofrimento humano”. “Em
particular, quero agradecer à equipa deste serviço de pediatria e do centro para o
tratamento de crianças com espinha bífida. Abençoo as pessoas, o compromisso e estes
espaços nos quais se exercita, de modo concreto, o amor para com os mais pequenos
e os mais necessitados”, afirmou. No seu discurso, diante de meia centena de crianças,
Bento XVI disse que o maior presente deste tempo de Natal é “uma pequena criança,
que precisa de atenção, de cuidado, de amor”. “O próprio Deus quis vir à terra,
para mostrar-nos quanto gosta de nós, fez-se criança como vós para dizer-vos que está
sempre ao vosso lado e dizer a cada um de nós que cada criança tem o seu rosto”, apontou. Em
conclusão, o Papa deixou palavras de encorajamento a “diversas iniciativas de bem
e de voluntariado, bem como a instituições que qualificam o empenho ao serviço da
vida”, em particular, ao instituto científico internacional «Paulo VI», “destinado
a promover a procriação responsável”.
Em 1992, João Paulo II tinha visitado
os serviços de oncologia e neurocirurgia pediátrica do mesmo hospital. A atenção
à infância que sofre tem sido uma das tónicas do pontificado de Bento XVI, que logo
no seu primeiro ano como Papa, em 2005, visitou o hospital pediátrico “Menino Jesus”,
também em Roma. Na ocasião, Bento XVI salientou a importância de testemunhar junto
dos mais novos “um amor que se difunde espontâneo do coração e que o espírito cristão
aumenta e fortalece.