2011-01-03 13:51:23

Europa exige protecção dos cristãos no Egipto


(3/1/2011) Um dia após o mais violento ataque contra a minoria cristã do Egipto, os fiéis coptas voltaram ontem à Igreja de Todos os Santos em Alexandria para participar na missa dominical, onde foram lembrados os 21 mortos e 97 feridos do atentado da véspera. Enquanto isto, a polícia dava conta de ter detido 17 pessoas suspeitas de ligação ao ataque, que não foi reivindicado.
Sinais de sangue eram ainda visíveis na fachada do templo, colocado sob protecção policial - assim como a mesquita que lhe fica em frente -, e também no solo onde, na véspera, foram colocadas muitas das vítimas do ataque. Retábulos com a imagem de Cristo e da Virgem revelam também sinais do impacto da explosão ocorrida no exterior.
Enquanto os coptas choram os seus mortos, cujos funerais ocorreram no sábado e contaram com a presença de cinco mil pessoas, continuam a chegar ao Egipto declarações de repúdio e de condenação pelo ocorrido. Ao mesmo tempo, os responsáveis civis e religiosos, como o grande imã de Al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb, apelam à calma e à unidade "entre a Cruz e o Crescente". A própria imprensa egípcia fazia ontem eco desse apelo, alertando que "se o plano terrorista tiver êxito", o Egipto poderá viver uma situação de violento confronto inter-religioso como ocorreu no Líbano em Abril de 1975 e que degenerou em guerra civil. Mas para os cristãos não chega afirmar que a violência foi congeminada por estrangeiros; exigem saber quem a preparou e quem a concretizou.
Entre as mensagens que chegaram ao Cairo, conta-se a de Jerzy Buzek, presidente do Parlamento Europeu, que, além de condenar o ataque pediu ao Governo do Presidente Hosni Mubarak para garantir a protecção da minoria cristã e fazer "tudo o que estiver ao seu alcance para revelar quem está, de facto, na origem deste terrível ataque".
Catherine Ashton, chefe da diplomacia da UE, também fez questão de manifestar a sua "mais profunda simpatia" às famílias e amigos das vítimas, ao mesmo tempo que afirmou "não poder haver qualquer justificação para este ataque". E, como Buzek, exigiu que a comunidade cristã "deve ser protegida".








All the contents on this site are copyrighted ©.