2011-01-01 13:00:25

Em Outubro o Papa estará em Assis com os chefes das religiões mundiais, a 25 anos do histórico encontro de 1986


(1/1/2011) No próximo mês de Outubro, a 25 anos do histórico encontro de Assis, promovido por João Paulo II como Jornada Mundial de Oração pela Paz, Bento XVI deslocar-se-á também ele à cidade de São Francisco como peregrino da paz, convidando todos os cristãos, todos os crentes, e todos os homens de boa vontade a unirem-se a esta iniciativa. Anunciou-o o próprio Papa falando, já depois do meio-dia, da janela dos seus aposentos sobre a Praça de São Pedro, depois da recitação do Angelus do primeiro dia do ano.
Referindo-se ao tema deste Dia Mundial da Paz, Bento XVI observou que “as grandes religiões podem constituir um importante factor de unidade e de paz para a família humana” e recordou que em Outubro deste novo ano ocorre o vigésimo quinto aniversário do Dia Mundial de Oração pela Paz convocado pelo Venerável João Paulo II, em Assis, em 1986.

“Por isso, no próximo mês de Outubro deslocar-me-ei como peregrino à cidade de São Francisco, convidando a unirem-se a mim, neste caminho, os irmãos cristãos das diversas confissões, os expoentes das tradições religiosas do mundo e, idealmente, todos os homens de boa vontade, com o objectivo de fazer memória daquele gesto histórico querido pelo meu Predecessor e de renovar solenemente o empenho dos crentes de todas as religiões a viver a própria fé religiosa como serviço à causa da paz”.

Observando que “quem caminha em direcção a Deus não pode deixar de transmitir paz” e que “quem constrói a paz não pode deixar de se aproximar de Deus”, Bento XVI convidou todos os fiéis a acompanharem-no nesta iniciativa, desde já, com a oração.

Ainda a propósito do tema deste Dia Mundial da Paz – “Liberdade religiosa, via para a paz”, observou o Papa:

“Assistimos hoje em dia a duas tendências opostas, dois extremismos ambos eles negativos: por um lado, o laicismo, que, de modo muitas vezes subtil, marginaliza a religião, confinando-a na esfera privada; por outro lado, o fundamentalismo, que a quereria impor pela força”.

Ora o apelo de Deus à humanidade é um projecto de amor, ao qual se há-de corresponder em termos de liberdade e de responsabilidade. “Quando se reconhece efectivamente a liberdade religiosa (sublinhou o Papa) , respeita-se na sua raiz a dignidade da pessoa humana e, através de uma sincera busca do verdadeiro e do bom, consolida-se a consciência moral e reforçam-se as próprias instituições e a convivência civil”. É por isso mesmo que a liberdade religiosa é uma via privilegiada para construir a paz.

Recordando que a 1 de Janeiro a Igreja contempla Maria, “Mãe de Deus”, Bento XVI observou que a bênção que Maria nos dá é mostrar-nos o Filho, pois é Ele, Jesus, a Bênção em pessoa. Há pois que dirigir o olhar para Jesus, nos braços de Maria sua Mãe:

“Olhando para Ele, o Príncipe da paz, nós compreendemos que a paz não se alcança com as armas, nem com o poder económico, político, cultural e mediático. A paz é obra de consciências que se abrem à verdade e ao amor. Que Deus nos ajude a progredir nesta estrada no novo ano que nos concede de vida”..









All the contents on this site are copyrighted ©.