DIA MUNDIAL DA PAZ: REFLETIR SOBRE OS GRANDES DESAFIOS DE NOSSO TEMPO
Cidade do Vaticano, 1° jan (RV) - Bento XVI presidiu a primeira oração mariana
do Angelus de 2011, na Praça São Pedro, no Vaticano, após a missa celebrada na Basílica
Vaticana, na Solenidade de Maria Mãe de Deus e 44° Dia Mundial da Paz. O Papa fez
votos de paz e bem a todos os fiéis e confiou o novo ano à intercessão de Maria Santíssima.
"No início de um novo ano, o povo cristão se reúne espiritualmente diante
da gruta de Belém, onde a Virgem Maria deu à luz Jesus. Peçamos à Mãe a bênção e ela
nos abençoa mostrando-nos o Filho: de fato, Ele em pessoa é a Bênção. Doando-nos Jesus,
Deus nos dou tudo: o seu amor, a sua vida, a luz da verdade, o perdão dos pecados;
nos doou a paz. Sim, Jesus é a nossa paz. Ele trouxe ao mundo a semente do amor e
da paz, que é mais forte do que a semente do ódio e da violência; mais forte porque
o Nome de Jesus é superior a qualquer outro nome, contém o Senhorio de Deus, conforme
anunciado pelo profeta Miquéias: mas tu, Belém de ti sairá para mim aquele que será
o dominador... Ele se erguerá e apascentará o rebanho pela força do Senhor, com a
majestade do nome do Senhor, seu Deus... Ele próprio será a paz" - ressaltou Bento
XVI.
O Papa frisou que "a Igreja neste dia pede a Deus, através de Jesus Cristo,
o dom da paz: é o Dia Mundial da Paz, ocasião propícia para refletirmos juntos sobre
os grandes desafios que o nosso tempo impõe à humanidade".
Bento XVI recordou
que um desses desafios é a liberdade religiosa, e por isso o pontífice quis este ano
dedicar sua mensagem para esse 44° Dia Mundial da Paz ao tema da "Liberdade religiosa,
caminho para paz".
"Vemos hoje duas tendências opostas, dois extremos ambos
negativos: de um lado o laicismo, que de forma enganadora, marginaliza a religião
colocando-a na esfera privada; do outro lado o fundamentalismo, que gostaria de impor-la
a todos com a força. Na realidade, "Deus chama à si a humanidade com um desígnio de
amor que envolve toda a pessoa em sua dimensão natural e espiritual e pede para ser
correspondido em termos de liberdade e responsabilidade, com todo o coração e com
todo o próprio ser, individual e comunitário" - sublinhou o pontífice.
O Papa
frisou que onde a liberdade religiosa é reconhecida, a dignidade da pessoa humana
é respeitada em sua raiz e através de uma sincera busca da verdade e do bem, se fortalece
a consciência moral e se reforcem as instituições e a convivência civil. "Por isso,
a liberdade religiosa é o caminho privilegiado para construir a paz" – ressaltou Bento
XVI.
O Santo Padre convidou os fiéis a olharem para Jesus nos braços de Maria,
sua mãe. "Olhando Ele, que é o Príncipe da Paz, nós entendemos que a paz não se obtém
com as armas, nem com o poder econômico, político, cultural e midiático. A paz é obra
de consciências que se abrem à verdade e ao amor. Que Deus nos ajude a progredir neste
caminho no novo ano que Ele nos doa" – frisou ainda o pontífice, que concedeu a todos
a sua bênção apostólica. (MJ)