BREVES CONSIDERAÇÕES DE 2010 PARA O CONTINENTE AFRICANO
Roma, 30 dez (RV) - O balanço de 2010 do Continente Africano é uma questão
que interessa muito aos brasileiros, já que nossas relações com esse Continente estão
cada vez mais intensas. Sobre a questão, a Rádio Vaticano entrevistou o presidente
de organização internacional sem fins lucrativos, que se ocupa das questões relativas
à saúde no Continente Africano – a Amref-Itália - Mario Raffaelli.
Do ponto
de vista geral, ele considera que a África teve capacidade de sair mais rapidamente
da crise mundial, e explica o porquê. Tendo sido esta uma crise substancialmente financeira,
portanto ligada aos processos econômicos internacionais mais sofisticados, a África
se manteve à margem da situação toda. Nos casos específicos, cada país africano teve
seu "momento de crise", que deve ser visto individualmente.
A região do Chifre
da África, segundo o presidente da Amref, foi a região mais afetada. Ele mencionou
o risco de retorno a uma guerra civil no Sudão, a frustração resultante da falência
do processo democrático na Costa do Marfim e na Nigéria, e a necessidade de as instituições
estatais encontrarem um modo de utilizar os recursos públicos de forma coerente.
A
Amref-Itália lançou uma campanha muito tocante nas últimas semanas, com frases-slogans
que dizem: existe um lugar onde as escolas se encerram antes mesmo de começar; existe
um lugar onde o tifo não é uma torcida esportiva (na Itália o torcedor é chamado "tifoso");
existe um lugar onde um poço realiza realmente os desejos. Esse lugar é a África!
(ED)