AUDIÊNCIA GERAL: PAPA FALA SOBRE SANTA CATARINA DE BOLONHA
Cidade do Vaticano, 29 dez (RV) - Bento XVI acolheu na manhã desta quarta-feira,
dia da habitual Audiência Geral, vários fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Na catequese de hoje, o Papa falou sobre Santa Catarina de Bolonha, que nasceu
nessa cidade italiana, em 8 de setembro de 1413, numa família nobre. Aos dez anos
mudou-se para Ferrara, onde recebeu uma boa educação e uma vasta cultura literária
e artística. Quatro anos mais tarde, decidiu deixar a corte para se dedicar a Deus
numa comunidade de mulheres consagradas.
Dois anos depois, a responsável do
grupo funda um mosteiro de agostinianas. Catarina e outras, no entanto, preferem seguir
a espiritualidade franciscana, transformando a comunidade num mosteiro de Clarissas.
Teve freqüentes visões e êxtases, mas também tentações e dúvidas. Por obediência,
aceitou o cargo de Mestra de Noviças, exercendo essa função com sabedoria.
"Anos
mais tarde, frisou o Papa, Catarina foi transferida para Bolonha como abadessa de
um novo mosteiro, edificando suas irmãs por seu espírito de oração e serviço". A única
obra escrita que resta de Catarina intitula-se "As sete armas espirituais".
Santa
Catarina de Bolonha faleceu em 1463 e foi canonizada pelo Papa Clemente XI, em 1712.
Bento
XVI fez um resumo de sua catequese em português, saudou os fiéis lusófonos presentes
na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.
Queridos irmãos
e irmãs,
O século XV conheceu uma mulher de vasta cultura, mas muito
humilde: Santa Catarina de Bolonha, cidade onde nasceu e onde voltou na fase final
da vida, para fundar um mosteiro da sua Família Religiosa, inspirada na regra de Santa
Clara de Assis. Catarina deixou-nos um belo programa de vida espiritual, na sua obra
As Sete Armas Espirituais, que são: procurar solicitamente cumprir o bem; acreditar
que, sozinhos, não poderemos jamais fazer algo de verdadeiramente bom; confiar em
Deus e, por amor d’Ele, nunca temer a batalha contra o mal, tanto fora como dentro
de nós mesmos; meditar muitas vezes nos factos e nas palavras da vida de Jesus, sobretudo
na sua paixão e morte; recordar-nos que temos de morrer; manter viva na mente a lembrança
dos bens do Paraíso; ter familiaridade com a Sagrada Escritura, trazendo-a sempre
no coração, para que oriente todos os nossos pensamentos e acções.
Amados
peregrinos de língua portuguesa, que viestes junto do túmulo de São Pedro renovar
a vossa profissão de fé: a minha saudação de boas vindas para todos vós, em particular
para o grupo de Escuteiros de Penedono, desejando-vos abundantes dons de graça e paz
do Deus Menino, que imploro para vós e vossas famílias com a minha Bênção Apostólica.
(MJ)