AINDA INCERTA A SORTE DOS 250 REFUGIADOS PRISIONEIROS NO SINAI
Roma, 23 dez (RV) – Ainda não são claras as condições dos 250 refugiados eritreus
e de outras nacionalidades que estão nas mãos de um grupo de traficantes de seres
humanos, na parte egípcia do deserto do Sinai, desde 24 de novembro. Oito deles já
foram mortos por não terem conseguido pagar a soma solicitada para serem levados a
Israel, enquanto outros quatro foram liberados.
Eles estariam vivendo em uma
espécie de acampamento, cuja existência o governo do Egito tem negado. A Rádio Vaticano
entrevistou a porta-voz italiana do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados,
Laura Boldrini. Ela disse que ainda não há novidades, que as autoridades egípcias
disseram estar procurando essas pessoas, porém ainda não acharam o local onde elas
estão sendo mantidas prisioneiras.
Segundo a representante da ONU, “o que
estamos vendo é que as pessoas fogem dos seus países de origem por motivos de conflitos,
ditaduras, etc, e se encontram diante de uma realidade cada vez mais difícil. As estradas
estão fechadas, interditadas, e esse fechamento aumenta o mercado de pessoas sem escrúpulos,
que lucram com isso”.
Para ela, nem a comunidade internacional, nem a opinião
pública estão dando muita atenção a essa problemática. (ED)