IRLANDA: MENSAGEM DOS BISPOS SOBRE A CRISE ECONÔMICA NO PAÍS
Dublin, 16 dez (RV) - Os bispos irlandeses promovem para 2 de janeiro próximo,
um domingo de oração e solidariedade em favor da Irlanda.
O objetivo da iniciativa
é encorajar a comunidade política e os cidadãos irlandeses a colocarem em ação todos
os recursos humanos, sociais, intelectuais e espirituais da nação a fim de reconstruir
a economia financeira do país e garantir que este processo de reestruturação tenha
bom êxito.
"Estamos conscientes que os recentes e dramáticos eventos ocorridos
em nossa economia nacional atingiram um elevado nível de medo, raiva e desilusão.
Os pedidos de ajuda à Sociedade São Vicente de Paulo para necessidades básicas como
alimentação e vestuário aumentaram 35% em relação ao ano passado" – frisam os prelados.
Na Irlanda do Norte, o número de sem-teto dobrou nos últimos seis anos. "A
nossa nação se confronta mais uma vez com o elevado nível de desemprego que causa
um impacto deprimente nas pessoas e nas comunidades e um elevado índice de emigração
de inteiras famílias irlandesas" – sublinham os bispos.
Os prelados expressam
também sua preocupação pelo aumento nas pessoas do sentimento de medo de perderem
suas casas, seus trabalhos e terem cortes na folha de pagamento e na aposentadoria.
Diante
dessa situação o episcopado irlandês convida todo o país à urgente tarefa de construir
um futuro justo, sustentável e próspero. Em vista da celebração do Natal que se aproxima,
escrevem: "rezemos para que o país reencontre seu espírito de solidariedade nacional
e de esperança. Rezemos para que se reencontre a confiança em nossa capacidade de
trabalhar juntos pelo bem comum e enfrentar as adversas circunstâncias em que se encontra
o nosso país hoje. O povo irlandês sempre demonstrou no passado, saber enfrentar os
grandes desafios. Acreditamos que também hoje será capaz de enfrentá-los" – ressaltam
eles.
Na mensagem os bispos recordam a "responsável cooperação com os governos
e as instituições europeias. "Este compromisso – concluem – faz parte de uma maior
solidariedade da qual nós participamos como contribuintes e também como destinatários".
(MJ)