Igreja católica portuguesa aposta na cooperação : Fundação Evangelização e Culturas
altera nome e assume novos rumos no apoio ao desenvolvimento
(16/12/2010) Igreja Católica em Portugal vai reforçar a sua aposta na criação de
um quadro alargado de cooperação para o desenvolvimento, revelou o presidente da Conferência
Episcopal (CEP). D. Jorge Ortiga destacou “todo o esforço que foi feito, por parte
da Igreja Católica portuguesa, para fazer convergir a acção da Fundação Evangelização
e Culturas (FEC), dos Institutos Religiosos, da Cáritas portuguesa e da Ajuda à Igreja
que Sofre, abrangendo áreas como a saúde, a educação, a comunicação, a pobreza, a
alimentação” A Fundação assinalou o seu 20.º aniversário com a realização de um
seminário internacional dedicado ao tema “Fé e Cooperação”. Uma ocasião escolhida
para revelar que esta organização não-governamental para o desenvolvimento, criada
pela Igreja Católica portuguesa (CEP e Institutos Religiosos) se vai passar a denominar
“Fundação Fé e Cooperação”, mantendo a sigla por que tem sido conhecida nas últimas
duas décadas. A nova designação já foi aprovada pelo Conselho de Fundadores da
FEC, com o aval da Conferência Episcopal Portuguesa e dos Institutos Religiosos. O
papel da Fé no campo da cooperação para o desenvolvimento tem sido uma temática bem
presente na acção da FEC, desde a sua criação. Nos últimos 20 anos, para além de
ter criado em Portugal uma rede que envolve mais de 50 instituições ligadas à área
do voluntariado missionário, a FEC estendeu a sua ligação a câmaras municipais e comissões
diocesanas das missões, reunindo assim ideias que depois podem ser aplicadas no terreno. A
Fundação faz também parte de uma rede europeia, a CIDSE – uma aliança internacional
de agências católicas de desenvolvimento que reúne 16 organizações católicas, da Europa
e da América do Norte - reforçando a sua aposta na área da advocacia social. A
organização católica tem como principais objectivos de futuro estender a sua acção
a um terceiro país lusófono, depois dos projectos que tem vindo a consolidar na Guiné-Bissau
(nas áreas da educação e comunicação) e em Angola (no plano da saúde materno-infantil).