2010-12-16 17:35:51

AUTORIDADES QUENIANAS ACUSADAS DE COMETEREM CRIME CONTRA HUMANIDADE


Nairóbi, 16 dez (RV) - As violências que seguiram as eleições presidenciais no Quênia, em 2007, poderão vir a ser consideradas crime contra a humanidade. O promotor-chefe do Tribunal Penal Internacional, TPI, Luis Moreno Ocampo, declarou que essa onda de violência pós-eleitoral causou mais de 1 mil mortes e deixou 3 mil e 500 pessoas feridas. Ele solicitou, ao Tribunal, que seis quenianos sejam intimados para depor.

Segundo divulgação da Rádio ONU, um dos seis indiciados é o vice-primeiro ministro, Uhuru Kenyatta, que afirmou jamais ter cometido crime algum. O presidente do Quênia, Mwai Kibaki, pediu calma à população. Os outros são o ministro das Finanças, o ministro da Industrialização, e o chefe dos Serviços Civis, além do ex-chefe de Gabinete e ex-comandante da Polícia e do radialista Joshua Sang.

Os confrontos se deram, em 2007, entre simpatizantes e opositores do governo após a votação presidencial.

O promotor do TPI afirmou que os juízes devem decidir agora se rejeitam ou acatam o pedido de intimação. Segundo Ocampo, os casos apresentados não deixam dúvida sobre as pessoas envolvidas nos crimes.

Segundo o promotor, durante os 30 dias de confrontos, centenas de pessoas foram estupradas e cerca de mil propriedades foram destruídas nas oito províncias quenianas. (ED)







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