2010-12-15 18:55:33

MARINGÁ: IGREJAS PEDEM PAZ NO TRÂNSITO


Maringá, 15 dez (RV) - A Igreja Católica e a Ordem dos Pastores Evangélicos de Maringá, Paraná, declararam seu engajamento em campanhas para combater a violência no trânsito. Os padres e pastores da cidade estão autorizados a mencionar o assunto nas missas e cultos, passando orientações de paciência e respeito à vida.

Nesta terça-feira, o arcebispo local, Dom Anuar Battisti, celebrou a santa missa na Catedral, em homenagem às vítimas do trânsito. "Não se pode matar e morrer como está acontecendo. Os veículos viraram uma arma" – disse em sua homilia. "Os motoristas de Maringá são mal-educados" – observou ainda, o arcebispo, chamando a atenção para o grande número de condutores sem habilitação flagrados nas blitze.

Cerca de dez famílias identificaram-se, durante a celebração eucarística, como parentes de vítimas de acidentes fatais no trânsito. Emocionado, o contador Armando Redmerski lembrou o aniversário de seis anos da morte de seu filho André: "Hoje, a gente aceita, ele voltou para o Pai. Mas não foi fácil" – disse, acrescentando que os jovens não respeitam, são muito mal-educados. "Meu filho foi lançado para fora do carro porque estava sem cinto de segurança. Fazer o quê? Ele também era um motorista mal-educado."

O metalúrgico José Cardoso Junior, de 23 anos, homenageou seu pai, falecido no último sábado, num acidente envolvendo duas motos, na Vila Morangueira: "Foi um choque muito grande para a família. A Igreja é que oferece algum consolo."

O vice-presidente da Ordem dos Pastores Evangélicos de Maringá, Rev. Noel Cruz, afirmou que a entidade discutiu, recentemente, sobre o tema das mortes no trânsito, e orientou seus pastores a pedirem paciência à sociedade, como forma de combater a violência.

"Hoje, estamos sempre com pressa. No dia em que tivermos paciência, a situação vai melhorar muito" – disse o pastor. Segundo ele, os índices de violência no trânsito exigem a intervenção direta das Igrejas: "Você vê cada tragédia em Maringá que é coisa de louco. Cabe a nós ensinarmos e orarmos pelas vítimas." (AF)







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