AUDIÊNCIA GERAL: PAPA FALA SOBRE SANTA VERÔNICA JULIANI
Cidade do Vaticano, 15 dez (RV) - Bento XVI acolheu na manhã de hoje, quarta-feira,
dia da habitual Audiência Geral, milhares de fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI,
no Vaticano.
Em sua catequese, o Papa falou sobre Santa Verônica Juliani que
nasceu em Mercatello, na Itália, em 26 de dezembro de 1660, caçula de sete irmãs.
No batismo recebeu o nome de Úrsula. Três de suas irmãs abraçaram a vida religiosa
no convento de Santa Clara em sua cidade natal.
Embora seu pai quisesse que
Úrsula se casasse, ela desejou ardentemente desde criança pertencer totalmente a Jesus.
Entrou muito jovem no mosteiro das Clarissas Capuchinhas de Castello, recebendo o
nome de Verônica.
Não teve uma vida fácil, mas enfrentou todas as provações
por amor a Jesus, com total confiança Nele, oferecendo tudo pela Igreja. "Desejava
sofrer em união com Cristo pela conversão dos pecadores" - frisou Bento XVI.
Santa
Verônica Juliani teve muitas visões e experiências místicas, escritas por ela em seu
diário. Uma apoplexia (afecção cerebral) a levou a morte em 9 de julho de 1727. Foi
beatificada pelo Papa Pio VII e canonizada por Gregório XVI, em 1839.
Bento
XVI fez um resumo de sua catequese em português, saudou os fiéis lusófonos presentes
na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.
Queridos irmãos
e irmãs,
Completam-se nestes dias 350 anos do nascimento de Úrsula Juliani,
que, aos 17, entrou no mosteiro das Clarissas Capuchinhas na «Città di Castello».
Aqui ficará toda a vida, tomando o nome de Verônica, pelo qual é conhecida: Santa
Verônica Juliani. A fonte principal para conhecermos a sua espiritualidade é o Diário:
sente-se amada por Cristo, Esposo fiel e sincero, e quer corresponder com todo o amor
de que é capaz uma criatura. Revela-se uma testemunha corajosa da beleza e da força
do Amor divino, que a atrai, invade e abrasa. É o Amor crucificado que se imprimiu
na sua carne – como na de São Francisco de Assis – com os estigmas de Jesus. As últimas
palavras de Verônica podem considerar-se a síntese da sua apaixonada experiência mística:
«Encontrei o Amor, o Amor deixou-Se contemplar!».
Amados peregrinos
de língua portuguesa, a minha cordial saudação de boas-vindas para todos vós. Fortes
na fé, possam os vossos corações estar sempre ao serviço dos irmãos por amor de Deus.
Sobre vós e vossas famílias, invoco abundantes bênçãos do Céu, sendo a maior e o resumo
de todas elas Jesus Cristo, Deus feito homem. A sua presença alegre a vossa vida,
como sucedeu com a Virgem Mãe, que O concebeu por obra do Espírito Santo! Feliz Natal!
(MJ)