Cancun, 13 dez (RV) – Na última sexta-feira, o Brasil oficializou um plano
relacionado à mudança do clima, o qual prevê a redução da emissão de 730 milhões de
toneladas de CO2 até 2020.
Essa redução é referente às emissões feitas pelo
setor da agricultura, o qual, segundo as Nações Unidas, é responsável por 14% das
emissões de gases que causam o efeito estufa.
Esse plano está no contexto da
COP-16, Conferência sobre Mudança Climática encerrada na madrugada deste sábado, em
Cancun, no México.
Como resultado do encontro, foi aprovado um fundo de ajuda
para os países em desenvolvimento, o “Fundo Verde”, que destinará 100 bilhões de dólares
por ano, equivalentes a 170 bilhões de reais, às nações mais pobres, que deverão empregar
o montante no combate às mudanças climáticas.
Também foi adotado um pacote
de medidas, batizado de “Acordos de Cancun”, para conter a emissão de gases de efeito
estufa (a entrar em vigor após o término da validade do Protocolo de Kyoto, em 2012).
O novo acordo prevê um sistema de maior prestação de contas, por parte dos governos,
sobre o combate ao aquecimento global. Além disso, os países comprometeram-se a ações
concretas para proteger as florestas do mundo.
Os “Acordos de Cancun” ainda
não são um instrumento jurídico vinculante, como o é o Protocolo de Kyoto, e não foram
estipulados compromissos muito precisos. Os próximos ajustes serão em Durban, África
do Sul, no final do ano que vem.
E para 2012, as Nações Unidas irão realizar,
no Rio de Janeiro, outra conferência sobre Mudança Climática. O evento, intitulado
Rio + 20, irá comemorar os 20 anos da Eco-92, além de avaliar os progressos alcançados
desde 1992 na proteção do meio ambiente. (ED)