2010-12-09 16:40:48

DIA INTERNACIONAL CONTRA A CORRUPÇÃO


Brasília, 09 dez (RV) - As Nações Unidas entregarão, na noite desta quinta-feira, o Prêmio Unodc 2010 ao Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, MCCE.

A cerimônia de entrega do prêmio será em Brasília, e marca também o Dia Internacional contra a Corrupção, instituído em 2003 por proposta do Brasil, durante a aprovação da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção, na cidade mexicana de Mérida, sul do país, capital do Estado de Yucatán..

Ao longo do evento, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, deverá divulgar o Relatório de Avaliação do Sistema Brasileiro de Prevenção da Corrupção, elaborado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, OCDE.

Esse prêmio será entregue ao Brasil devido à apresentação e à aprovação da Lei da Ficha Limpa, amplamente apoiada pela Igreja Católica.

De acordo com o Banco Mundial, os países pobres perdem até 40 bilhões de dólares por ano, o equivalente a 68 bilhões de reais, com a corrupção.

O Secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a corrupção é uma ameaça para o desenvolvimento, a democracia e a estabilidade. A Organização especializada na matéria, Tranparency International, denuncia, em um relatório, que o impacto da corrupção corresponde a 10% do Produto Interno Bruto mundial.

Para a Organização, “onde há corrupção, há pobreza, porque os recursos são desviados para poucos, que enriquecem em detrimento do resto da sociedade”. Quanto aos setores mais atingidos pelo fenômeno, o relatório faz distinção entre os países, citando o exército e a polícia, que são corretos em alguns países, e comprometidos em outros.

Para combater esse mal, além do confisco dos bens dos corruptos, a Organização aconselha que todos os cidadãos devem enunciar todo o que virem de errado nesse sentido, qualquer atividade financeira suspeita, por menor que seja, deve ser denunciada.

Na Indonésia, o dia foi marcado pelo protesto de líderes religiosos, que pediram ao governo mais esforços para o fim dessa atividade criminosa no país. O pedido foi formulado durante um encontro inter-religioso organizado ontem em Jacarta, capital da Indonésia, por 200 líderes religiosos e políticos.

A Indonésia é um dos países mais corruptos da área pacífico-asiática. De acordo com o presidente da Conferência Episcopal da Indonésia, Mons. Martinus Dogma Situmorang, as religiões são chamadas a manifestarem-se contra a corrupção, a qual ele classificou como o principal obstáculo ao desenvolvimento do país. (ED)







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