Nova Délhi, 07 dez (RV) - Na Índia, 72% das mulheres trabalham na agricultura.
Muitas vezes essas pequenas agricultoras enfrentam vários obstáculos econômicos, não
possuem acesso a nenhum tipo de formação, mercados e incentivos produtivos.
As
agricultoras indianas vivem numa sociedade onde os preconceitos de gênero estão profundamente
arraigados. Elas não têm acesso a contas bancárias, nem direito de possuir terras,
não estão representadas nos grupos e associações de agricultores.
Para ajudar
essa categoria, em 1972, foi criada a Associação de Mulheres Autônomas (Self-employed
Women’s Association - SEWA), membro do sindicato indiano, inspirada no princípio de
autossuficiência da filosofia de Mahatma Gandhi.
A associação está engajada
em fortalecer o papel das mulheres, ajudando-as a obter emprego, oferecendo-lhes os
trabalhos mais procurados, renda, alimentação e previdência social. A Associação de
Mulheres Autônomas é uma rede de cooperativas de âmbito nacional, grupos de autoajuda,
bancos e centros de formação que ajudam as mulheres a enfrentar os vários obstáculos
que encontram.
Atualmente, tem 1 milhão e 300 mil mulheres, 54% são pequenas
agricultoras nas zonas rurais, mas existem também vendedoras, trabalhadoras da área
editorial, bordadeiras e trabalhadoras têxteis.
A Associação de Mulheres Autônomas
também está empenhada na formação escolar e produtiva das mulheres agricultoras, oferecendo-lhes
contato com as novas tecnologias, serviços financeiros e oportunidades de trabalho
para representantes do comércio.
O trabalho da associação está se estendendo
a outros países asiáticos, como Bangladesh, Sri Lanka e Afeganistão. (MJ)