2010-12-03 12:50:12

Construir a paz defendendo a vida, o ambiente a a integridade social. Bento XVI ao novo Embaixador da Costa Rica


(3/12/2010) A responsabilidade ética que toca às autoridades, tanto no combate à corrupção, como na tarefa de educar para a paz as novas gerações e de preservar o meio ambiente – foram aspectos sublinhados pelo Papa no discurso ao novo Embaixador da Costa Rica, que hoje lhe apresentou as Cartas Credenciais.
Referindo as belezas naturais deste país da América Central e a hospitalidade e gosto pelas próprias tradições que caracteriza a sua população, Bento XVI sublinhou que desde há séculos que ali foi lançada e germinou a semente do Evangelho. Perante graves problemas como a pobreza, a violência doméstica, o desemprego e a corrupção, todos podem e devem encontrar em Cristo a força para procurar a justiça social, o bem comum e o progresso integral das pessoas. Ninguém pode sentir-se alheio desta responsabilidade, a começar pelas autoridades.

“A autoridade pública – sublinhou o Papa - há-de ser a primeira a buscar o que a todos beneficia, actuando principalmente como força moral que potencie a liberdade e o sentido de responsabilidade de cada um. E isto sem esquecer os valores fundamentais que estruturam a inviolável dignidade da pessoa, a começar pela firme salvaguarda da vida humana”.
“É importante que os que se encontram à frente dos destinos do país não hesitem em rejeitar com firmeza a impunidade, a delinquência juvenil, o trabalho infantil, a injustiça e o narcotráfico, impulsionando medidas como a segurança dos cidadãos, uma adequada formação de crianças e jovens, a devida atenção aos encarcerados e uma eficaz assistência de saúde, particularmente aos mais desfavorecidos e aos idosos”.

Por outro lado, “é primordial que as novas gerações adquiram a convicção de que os conflitos não se vencem unicamente com a força, mas sim convertendo os corações ao bem e à verdade, acabando com a miséria e o analfabetismo, robustecendo o Estado de direito e fortalecendo a independência e eficácia dos tribunais”. Para dilatar este horizonte – sublinhou o Papa – muito há-de contribuir “a estabilidade e união da família, instituição que está a sofrer, mais do que qualquer outra, o assédio de amplas e rápidas transformações da sociedade e da cultura”. Portanto, há que promover “tudo o que favoreça, tutele e apoie a família assente no matrimónio entre um homem e uma mulher”. “A Igreja nunca se cansará de encorajar especialmente os jovens, para que descubram a beleza e grandeza de servirem fiel e generosamente o amor matrimonial e a transmissão da vida”.








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