2010-12-02 18:36:12

PAPA: EUROPA NÃO SERIA MAIS EUROPA SE MATRIMÔNIO DESAPARECESSE OU FOSSE TRANSFORMADO


Cidade do Vaticano, 02 dez (RV) - "A Europa não seria mais Europa" se "o matrimônio como forma de ordem basilar da relação entre homem e mulher" e "célula fundadora" da sociedade desaparecesse ou fosse substancialmente transformado: foi o que ressaltou o Papa no discurso dirigido na manhã desta quinta-feira ao novo Embaixador da Hungria junto à Santa Sé, Gábor Győriványi, que apresentou, no Vaticano, as suas credenciais.

O Santo Padre – após ter recordado que no início do próximo ano caberá à Hungria assumir, pela primeira vez, a presidência do Conselho da União Européia – faz votos de que a nova Constituição húngara seja inspirada nos valores cristãos, de modo particular no que concerne "a posição do matrimônio e da família na sociedade".

Em seguida, afirmou que a Hungria é chamada "a ser mediadora entre Oriente e Ocidente".

O Pontífice recordou que "o matrimônio deu à Europa o seu aspecto particular e humanismo, justamente e também porque teve que aprender e adquirir continuamente a característica de fidelidade e de renúncia". "A Europa não seria mais Europa se tal célula basilar da construção social desaparecesse ou fosse substancialmente transformada" – observou.

O matrimônio e a família são hoje atingidos pela erosão de seus "valores de estabilidade e indissolubilidade", por causa de uma "crescente liberalização do direito de divórcio", do costume sempre mais difuso da convivência e "por diferentes tipos de união que não têm nenhum fundamento na história da cultura e do direito na Europa".

A Igreja – acrescentou o Pontífice – não pode aprovar "iniciativas legislativas que impliquem uma valorização de modelos alternativos da vida do casal e da família". Tais modelos contribuem "para o enfraquecimento dos princípios do direito natural e para a relativisação da legislação", bem como da "consciência dos valores da sociedade".

Uma "sociedade sempre mais globalizada, que nos torna próximos, mas não irmãos" – ressaltou. A razão é capaz "de assegurar a igualdade entre os homens", mas "não consegue fundar a fraternidade", que num certo sentido – observou o Santo Padre – "é o outro lado da liberdade e da igualdade".

O Papa concluiu ressaltando que "o sentido de justiça e as virtudes humanas" do grande rei húngaro Santo Estevão "são um ponto alto de referência que serve como estímulo e imperativo – hoje como no passado – para aqueles aos quais é confiado um papel de governo". (RL)







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