2010-12-02 13:05:48

CARDEAL TAURAN RETORNA AO VATICANO APÓS VISITA AO PAQUISTÃO


Cidade do Vaticano, 02 dez (RV) - O Cardeal Jean-Louis Tauran acaba de retornar ao Vaticano da sua viagem de quatro dias ao Paquistão. O presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso encontrou-se em Islamabad com o Presidente, Ali Zardari, com outras autoridades políticas e com a comunidade católica local. Ele também foi a Rawalpindi, onde celebrou uma missa na presença de 2.500 fiéis e a Lahore, a capital cultural do país, para um encontro com os religiosos e religiosas. Ali, o Cardeal Tauran, inaugurou um centro para o diálogo inter-religioso, dirigido pelos Padres Dominicanos. Esta visita realizou-se em um contexto difícil e delicado, após a condenação à morte por blasfêmia de Asia Bibi, uma mulher cristã, mãe de cinco filhos, por cuja libertação o Papa fez um apelo em 17 de novembro passado.

Falando à Rádio Vaticano, o Cardeal Tauran disse que a viagem foi muito emocionante e o objetivo da mesma era dar aos cristãos que vivem de uma forma muito exposta, o sentimento de fazer parte de uma grande família, que é a família Católica: que tem um pai que é o Papa, irmãos e irmãs que os apóiam. Por isso foi importante - disse ainda o purpurado - que eu tenha me encontrado com eles para manifestar solidariedade espiritual, e eles compreenderam muito bem isso.

Falando do encontro com as autoridades, o Cardeal disse que foi recebido com muita cortesia pelo Presidente da República: foi o primeiro encontro que eu tive, afirmou. O presidente manifestou grande atenção à posição da Santa Sé no que diz respeito à liberdade de religião. O interessante é que o presidente do Paquistão, formou uma comissão presidida pelo ministro para as Minorias, que tem o objetivo de rever a lei sobre a blasfêmia, em vista até mesmo de uma sua possível revogação. O Cardeal também encontrou o vice-ministro do Exterior e manteve uma longa conversa com o Ministro para as Minorias, que é um cristão.

O Cardeal Tauran falando sobre os cristãos no Paquistão disse que o que mais preocupa é a incerteza pelo futuro, mas ele está convencido de que os paquistaneses cristãos vão permanecer no seu país. Sublinhou ainda que eles têm muita coragem; os padres e os bispos estão próximos aos seus fiéis. Portanto, o diálogo da vida funciona bem. O problema - finalizou o Dom Tauran - é que nas escolas - por exemplo - na hora de religião, a fé cristã é ensinada em termos de caricaturas, e são os cristãos que depois pagam o preço. (SP)








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