Deus é amor e só quem se deixa guiar por esse amor, experimenta a verdadeira paz e
a verdadeira alegria. Bento XVI na audiência geral dedicada a Santa Juliana de Norwich
(1/12/2010) Na sua catequese durante a audiência geral , o Papa falou sobre Santa
Juliana de Norwich, mística inglesa que viveu nas proximidades de Londres no século
XIV. Foi um período difícil caracterizado por guerras e problemas relacionados com
o retorno do Papa de Avinhão para Roma.
"Santa Juliana foi uma das testemunhas
que Deus não deixa de despertar num período de tribulação a fim de restaurar a paz,
o amor e a alegria. Dedicou-se inteiramente à oração, meditação e estudo, adquirindo
uma profunda maturidade humana e espiritual, sabedoria e grande compaixão pelos sofrimentos
da humanidade. Tornou-se amiga de Deus e renomada conselheira"- frisou Bento XVI.
Uma
das mensagens centrais de Juliana de Norwich, contidas no seu livro intitulado "Revelações
do Amor Divino", consiste na certeza de que somos amados por Deus e acudidos pela
sua Providência.
"Deus é amor e só quem se deixa guiar por esse amor, experimenta
a verdadeira paz e a verdadeira alegria" – sublinhou ainda Bento XVI. O Papa salientou
que ainda hoje os mosteiros permanecem oásis de silêncio, paz e esperança, tesouros
preciosos para a Igreja que lembram a primazia de Deus. Estas as palavras do Santo
Padre falando em português Queridos irmãos
e irmãs, No ano de 1342, nasceu Juliana de Norwich, santa que é venerada tanto
pela Igreja Católica como pela Comunhão Anglicana. Inspirada pelo amor divino, que
a ela se manifestou em dezasseis visões, escolheu a vida de anacoreta, totalmente
dedicada à oração, à meditação e ao estudo. Vivendo assim na companhia e amizade de
Deus, cresceu nela um grande sentido de compaixão pelas tribulações e fraquezas dos
outros. Homens e mulheres de todas as idades e condições procuravam devotamente o
conselho e o conforto de Juliana; e ela, de viva voz e por escrito, em todos sabia
acender o optimismo fundado na certeza de sermos amados por Deus e protegidos pela
sua Providência. Se entregarmos a Deus os desejos mais puros e profundos do nosso
coração, nunca ficaremos desiludidos; no seu amor, tudo resulta para o nosso maior
bem. * * * Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para
todos vós. Da infinidade de coisas – tantas vezes duras – da vida, aprendei a elevar
o coração até ao Pai do Céu, repousando no seio da sua infinita bondade, e vereis
que as dores e aflições da vida vos farão menos mal. Com estes votos, desça sobre
vós e vossas famílias a minha Bênção Apostólica.