2010-12-01 12:19:27

AUDIÊNCIA GERAL: APELO DO PAPA PELA IGREJA NA CHINA


Cidade do Vaticano, 1° dez (RV) - Nesta quarta-feira, Bento XVI encontrou-se com fiéis e peregrinos, na Sala Paulo VI, no Vaticano, para a habitual Audiência Geral.

Na catequese de hoje, o Papa falou sobre Santa Juliana de Norwich, mística inglesa que viveu nas proximidades de Londres no século XIV. Foi um período difícil caracterizado por guerras e problemas relacionados ao retorno do Papa de Avignon para Roma.

"Santa Juliana foi uma das testemunhas que Deus não deixa de despertar num período de tribulação a fim de restaurar a paz, o amor e a alegria. Dedicou-se inteiramente à oração, meditação e estudo, adquirindo uma profunda maturidade humana e espiritual, sabedoria e grande compaixão pelos sofrimentos da humanidade. Tornou-se amiga de Deus e renomada conselheira"- frisou Bento XVI.

Uma das mensagens centrais de Juliana de Norwich, contidas em seu livro intitulado "Revelações do Amor Divino", consiste na certeza de que somos amados por Deus e cuidados por sua Providência.

"Deus é amor e só quem se deixa guiar por esse amor, experimenta a verdadeira paz e a verdadeira alegria" – sublinhou ainda o Santo Padre. O Papa ressaltou que ainda hoje os mosteiros permanecem oásis de silêncio, paz e esperança, tesouros preciosos para a Igreja, que lembram a primazia de Deus.

A seguir, Bento XVI fez um resumo de sua catequese em português, saudou os fiéis de língua portuguesa e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Queridos irmãos e irmãs,

No ano de 1342, nasceu Juliana de Norwich, santa que é venerada tanto pela Igreja Católica como pela Comunhão Anglicana. Inspirada pelo amor divino, que a ela se manifestou em dezesseis visões, escolheu a vida de anacoreta, totalmente dedicada à oração, à meditação e ao estudo. Vivendo assim na companhia e amizade de Deus, cresceu nela um grande sentido de compaixão pelas tribulações e fraquezas dos outros. Homens e mulheres de todas as idades e condições procuravam devotamente o conselho e o conforto de Juliana; e ela, de viva voz e por escrito, em todos sabia acender o optimismo fundado na certeza de sermos amados por Deus e protegidos pela sua Providência. Se entregarmos a Deus os desejos mais puros e profundos do nosso coração, nunca ficaremos desiludidos; no seu amor, tudo resulta para o nosso maior bem.

Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos vós. Da infinidade de coisas – tantas vezes duras – da vida, aprendei a elevar o coração até ao Pai do Céu, repousando no seio da sua infinita bondade, e vereis que as dores e aflições da vida vos farão menos mal. Com estes votos, desça sobre vós e vossas famílias a minha Bênção Apostólica. RealAudioMP3

No final da audiência, o Papa fez um apelo em favor da Igreja na China.

Bento XVI pediu aos fiéis presentes na audiência e aos católicos do mundo inteiro para que rezem pela Igreja na China que está vivendo momentos particularmente difíceis.

"Peço à Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, para que ajude todos os bispos chineses, a mim tão queridos, a testemunharem sua fé com coragem, colocando toda esperança no Salvador que esperamos. Confiamos à Virgem todos os católicos desse amado país, para que, com a sua intercessão, possam viver uma autêntica existência cristã em comunhão com a Igreja Universal, contribuindo assim para a harmonia e o bem comum de seu nobre povo" – concluiu o Papa. (MJ)








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