PAPA RECEBE NOVO EMBAIXADOR NO JAPÃO JUNTO À SANTA SÉ
Cidade do Vaticano, 29 nov (RV) – "Que todas as nações apliquem uma parte dos
recursos financeiros destinados ao arsenal militar para favorecer os projetos pelo
desenvolvimento". Esse foi o convite que fez Bento XVI a favor da paz mundial durante
discurso ao embaixador do Japão, Ridekazu Yamagucee, que apresentou suas credencias
à Santa Sé na manhã deste sábado, 27 de novembro.
Esse é o ano do 65º aniversário
dos bombardeios atômicos sobre a população de Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Bento
XVI relembrou a data, afirmando que "essa tragédia nos mostra o quanto é necessário
perseverar nos esforços a favor da não proliferação nuclear e do desarmamento".
Dirigindo-se
ao novo embaixador do Japão junto à Santa Sé, o Papa afirmou que o país se distingue
e deve ser citado como exemplo pelo suporte constante à busca de soluções políticas
para a prevenção à proliferação de armas nucleares e em prol do desarmamento. O Pontífice
também elogiou os esforços do Japão para evitar que a guerra seja um meio de solução
de conflitos entre nações e povos.
O Santo Padre encorajou os Estados a uma
ação concreta: que parte do orçamento destinado às armas seja aplicada em projetos
para o desenvolvimento econômico e social, bem como para os sistemas educacionais
e de saúde.
Sobre o Japão, o Papa disse também que é um país de importância
regional e global, ressaltou que, no âmbito das Nações Unidas, contribuiu significativamente
para a expansão da paz, da democracia e dos direitos humanos no extremo oriente. Elogiou
ainda o financiamento japonês a países em via de desenvolvimento, o qual classificou
como "pedra fundamental da construção de uma paz sólida e da harmonia entre as nações".
Bento
XVI manifestou muita satisfação pelas relações estabelecidas entre Santa Sé e Japão
nos últimos 60 anos e pela liberdade da Igreja Católica no país. "Uma liberdade de
consciência e culto – disse ele – mas também uma liberdade de movimentação para os
membros da Igreja dentro da cultura e da sociedade japonesas, os quais podem ter participação
ativa no Japão de hoje." (ED)